Estudo inédito feito em outubro pelo Conselho Regional de Corretores Imóveis do Estado de São Paulo (Creci SP) avalia oferta e demanda por locações e aquisições de imóveis usados, em seis cidades da região do ABC (Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Santo André, São Bernardo e São Caetano). Os índices mostram cenário positivo do mercado imobiliário e da economia da região, mesmo com a pandemia.
Para o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, este cenário se dá por conta do aumento da população e dos empregos formais na região. “Mesmo que de forma lenta, a formalização de empregos no ABC segue evoluindo, com isso, também observamos um aumento no acesso às linhas de crédito imobiliário. Quase 60% dos imóveis adquiridos no ABC foram financiados por bancos particulares (26,9%) ou pela Caixa Econômica Federal (32,61%)”, explica.
O estudo também aponta que cerca de 66% dos consumidores optaram pela aquisição de apartamentos, e 50% das vendas foram de imóveis em regiões periféricas. “Nesse quesito o ABC segue uma linha diferente de todo Estado, onde os consumidores optaram pela compra de casas, o que pode indicar a procura pela sensação de segurança. Outro fator específico do ABC é a aquisição de imóveis com valores de até R$ 200 mil, classificados como classe média-baixa. Isso demonstra que a região possui um poder aquisitivo mais alto do que a média de outras regiões metropolitanas do Estado de São Paulo”, afirma.
O ABC está em momento de alta no mercado imobiliário e a expectativa do Creci-SP é de continuidade deste cenário para o ano de 2022, mesmo com a pandemia e com as eleições no País. Para atender a este mercado em crescimento, novas ferramentas virtuais já estão em uso para facilitar o acesso aos imóveis e aos profissionais credenciados, o que gera mais segurança aos consumidores e facilita a procura por casas ou apartamentos, seja para locação ou aquisição. “Evoluímos muito em tecnologia. Hoje, os cartórios e corretores, trabalham com ferramentas virtuais em sistema unificado para elaboração de documentos, por exemplo. A forma de demonstração de imóveis também evoluiu. É possível pesquisar o imóvel pela internet antes de realizar a visita presencial. A instituição criou um portal imobiliário que reúne informações de corretores e imobiliárias credenciadas, garantindo a segurança das informações e evitando que o consumidor caiu em fraudes”, afirma Viana.
Além do site, o Conselho também possui aplicativo disponível para smartphones em sistema IOS ou Android, que auxilia os consumidores interessados na aquisição ou locação de imóveis em todo Estado.
Outro dado da pesquisa registra que grande portagem dos apartamentos vendidos possui 2 dormitórios (82,35%), 1 vaga de estacionamento (75%) e a maioria com área útil de até 50m² (cerca de 41%). Já as casas vendidas, a maioria dos imóveis possuem 3 dormitórios (55,56%), 2 vagas de estacionamento (11% dos imóveis com essa característica), e área útil entre 100 e 200 m² (22%).
Locação de imóveis – O estudo também traz dados referentes à locação de imóveis no ABC. As informações colhidas entre 94 imobiliárias da região, apontam que cerca de 55% dos novos inquilinos escolheram imóveis com valores até R$ 1.250, 00, e a escolha por regiões de periferia também predomina (50%), na cidade de Santo André e região. Neste quesito, os novos inquilinos optaram por casas (89,19%), com características de 2 dormitórios, sem vaga de garagem e área útil, em média, até 50m². Para apartamentos, em Santo André, por exemplo, os mais alugados possuem 2 dormitórios, 1 vaga de estacionamento e área útil de até 50m².
O Creci- SP segue com a pesquisa e já recolhe dados referentes ao mês de novembro para a análise comparativa dos índices na região.