Levantamento realizado pela APAS (Associação Paulista de Supermercados), registra expectativa de crescimento de 7% nas vendas de panetones, em comparação ao mesmo período do ano passado, nos estabelecimentos em todo Estado de São Paulo. Segundo a instituição o crescimento no consumo é atribuído ao retorno dos encontros presenciais durante os festejos de fim de ano.
O aumento da demanda acelera a produção de panetones no País. A Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados indica que a fabricação de panetones alcançará até 41 mil toneladas, em 2021.
Atendendo mais de vinte lojas no ABC, a Central de Panificação da Coop prevê a fabricação de 305 toneladas de panetones de marca própria da rede, representando cerca de 70% da produção anual, que atinge mais de 400 toneladas.
Tradicional aos consumidores brasileiros no período das celebrações de fim ano, o panetone está mais caro em 2021. Segundo a APAS, os produtos sofreram reajustes de até 29,03%, em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados correspondem às marcas mais conhecidas do mercado.
O aumento nos preços é atribuído à alta da inflação, da cotação do preço internacional do trigo, bem como o crescimento da demanda. Em nota, a APAS explica que “orienta aos supermercados associados negociações em melhores condições de compra junto ao fornecedor, para que as redes ofereçam ao consumidor variedade de marcas e preços”.
Produtos artesanais
Pequenos empreendedores da região do ABC também esperam pelo aumento nas vendas de panetones e chocotones artesanais. É o caso da moradora de São Bernardo, Danielle Dorigan, de 34 anos, que estima um aumento de 30% no faturamento neste fim de ano, com relação ao mesmo período de 2020. “Com a vacinação, famílias e amigos se reencontrando para celebrar o fim do ano, já temos muitas encomendas confirmadas”, conta Danielle.
Sócia de uma doceria no ABC junto com a irmã, a pequena empreendedora também reajustou os preços dos produtos. “Observamos um aumento nos valores dos itens base, mas tentamos não repassar tanto ao consumidor, para não afetar o faturamento”, explica. As duas optaram pelo fortalecimento das redes sociais para alavancar as vendas.
A mesma estratégia utilizada pela confeiteira Fernanda Zanella, 31 anos. Há sete anos atuando no setor, em São Bernardo, não observou crescimento relevante nas vendas deste ano, o que motivou o investimento em fotografias profissionais dos produtos. “As imagens serão utilizadas nas minhas redes sociais para garantir as vendas”, comenta. Zanella também sentiu o impacto pelo aumento no preço dos insumos e das embalagens, refletindo diretamente no valor do produto final.