O Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Santo André segue na busca de um retorno do entendimento com o governo Paulo Serra (PSDB) na busca de recuperação salarial. Ao RDtv desta quinta-feira (9/12) o presidente da entidade, Durval Ludovico Silva, e o diretor Rodrigo Gomes relataram sobre as dificuldades nas negociações quase dois anos depois da última reposição.
“Foi um ano muito difícil para todos os trabalhadores públicos, ficamos na linha de frente da pandemia que infelizmente ainda não acabou, que ainda tem uma nova cepa chegando no Brasil e a preocupação passa a ser redobrada. Mas o ano foi muito complicado, tivemos perdas de trabalhadores na linha de frente do combate a pandemia, tivermos muitos ataques aos direitos dos trabalhadores durante todo o ano por parte dos governos Federal, Estadual e Municipal. Mas estamos esperançosos com uma melhora do relacionamento com o governo municipal e que possamos avançar nos nossos pleitos e reivindicações”, explicou Durval.
“Nós ocupamos a tribuna livre (da Câmara) praticamente pelos meses de outubro, novembro e dezembro, assim que a Câmara voltou. Do ponto de vista da unidade dos trabalhadores estamos cada vez mais fortalecidos. Eu creio que o Sindicato fez o seu papel, a categoria fez muito bem o seu papel em solicitar as várias reclassificações e os diversos pedidos de reajustes. Infelizmente o prefeito não cumpriu com sua parte, o que era uma promessa de campanha”, completou Rodrigo.
A categoria está em busca de um reajuste de 12,88% em seus salários, valor referente a perda do poder dos vencimentos desde o último reajuste em janeiro de 2020. Além disso, o pedido frequente de novas reclassificações em vários setores, algo que foi paralisado com o início da pandemia do Covid-19.
Apesar do entendimento de que o momento econômico é complicado devido a menor arrecadação da cidade e as consequências da lei complementar 173/2020 que impede reajustes, pagamentos de abonos e contratações (com exceção das emergenciais) até o dia 31 de dezembro deste ano, os sindicalistas entendem que há espaço para conversas para acertar a recuperação salarial para o início de 2022 e a retomada das reclassificações, assim que o Legislativo voltar de recesso, em fevereiro.