Levantamento feito pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), com base nos dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), aponta que o ABC apresentou estabilidade na geração de empregos formais. Em outubro, as sete cidades da região registraram mais 28,7 mil contratações com carteira assinada. No mesmo período do ano passado, o ABC gerou cerca de 28,5 mil empregos formais, uma variação de quase 0,6%, com relação ao ano anterior. Em todo Estado de São Paulo, no mês de outubro de 2021, foram criadas 77 mil ocupações.
Ainda com relação a geração de empregos formais no mês de outubro, Santo André contabilizou mais de 8 mil contratações, São Bernardo registou mais de 10 mil empregos com carteira assinada; São Caetano registrou 4,1 mil vagas, enquanto Mauá empregou cerca de 2,7 mil pessoas e Diadema mais de 2,6 mil. As cidades de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra apresentaram menores índices, 644 e 75 contratações em empregos formais, respectivamente.
Os números avaliam parte do mercado de trabalho, como ressalta o economista Sandro Renato Maskio, professor doutor da Universidade Metodista e Strong Business School. “É preciso entender que estes dados registram apenas os empregos formais, ainda temos no mercado de trabalho os autônomos e os informais, este último representa a maior parte das ocupações atualmente”, explica Maskio.
O economista ainda observa que a recuperação do mercado acontece sempre de forma lenta, ainda mais em períodos de crise como a gerada pela pandemia. Além da evolução demorada, outra característica da retomada do mercado de trabalho é a geração de oportunidades em atividades menos complexas. “Vamos observar que, nos próximos meses, crescerão as vagas em atividades que exijam menor grau de instrução e com menor renda, e em atividades ocupacionais com menor produtividade”, conclui o economista.