A impossibilidade de visitar pontos turísticos e passear pelas cidades durante a pandemia fez com que o especialista em gestão social, Thiago Almeida, e o filho Gabriel, de apenas 6 anos, criassem juntos dois jogos sobre os espaços de Mauá. Em formato de tabuleiro e jogo da memória, que passam pelos pontos da cidade, projeto que professoras da rede municipal também se interessaram, e aplicaram em algumas escolas.
Os protótipos são simples e pode ser impresso em uma folha sulfite, por qualquer pessoa, o que facilita o acesso dos moradores, e Almeida diz que os games “Jogo da Memória da Memória de Mauá” e “Nossa Mauá de Ponta a Ponta” ajudam a preservar a cultura e entender ainda mais o contexto da cidade. “É uma cidade de imigrantes, operários, é muito importante esse resgate histórico”, diz. “Saber nomes das praças, ruas, os marcos, os pontos de encontro, os personagens e a história em si, é algo enriquecedor culturalmente”.
Pai de três filhos, Gabriel é o mais velho e responsável por Thiago ter a ideia do jogo, já que visitar parques, shoppings, museus e teatros eram rotina da família e tiveram que ser deixadas de lado. “Aproveitei também para inserir locais que ele não conhecia, por ser educador social, senti essa necessidade de trazer esse assunto pouco falado, que é a importância do resgate da nossa história local, seja de Mauá ou do ABC como um todo”, comenta.
A criação do jogo durou em média 12 dias, mas em apenas 5 dias, os dois planejaram e pensaram em tudo, para que depois fosse a vez da parte gráfica. “Sou formado em comunicação social, então já sabia de em como mexer com essa parte, o jogo traz isso de forma lúdica, sobretudo, ainda numa época do ano onde as questões de jogos e presentes giram em torno financeiro, e nesse é uma forma diferente de brincar”, explica.
Uma das maiores conquistas do jogo, foi ver a alegria do pequeno, que de acordo com Almeida, gostou muito de ter participado de todo o processo de construção e do resultado final. “Inclusive, foi ele que levou pra escola e foi agente multiplicador antes de ir para as redes sociais, pois havia apenas publicado na minha rede social pessoal”.
Com a reabertura de diversos espaços, o morador de Mauá conta que foi possível revisitar alguns desses locais após o lançamento do jogo junto com os filhos. “A gente chegou a ir de carro em alguns locais, como na pedra marco da cidade e no cruzeiro, que são pontos históricos que fazem parte da arquitetura da cidade, mas muitas vezes passamos dispersos por eles, entre os mobiliários urbanos”, completa.
Quem quiser baixar o jogo, pode imprimir:
Além disso, Thiago explica em vídeo como funciona o jogo, veja: