Desde 2008 três nomes seguem hegemônicos na política de São Bernardo: o prefeito Orlando Morando (PSDB), o deputado federal Alex Manente (Cidadania) e o ex-prefeito Luiz Marinho (PT). E em 2021 não foi diferente. Os três buscaram fortalecer suas imagens visando as eleições do próximo ano, com a possibilidade de participação efetiva do trio nas urnas.
Em meio as decisões para o combate ao Covid-19, Morando viu seu nome ser fortalecido dentro do PSDB, principalmente levando em conta a sua aproximação com o governador João Doria. Por diversas vezes seu nome foi colocado em pesquisas eleitorais para a disputa do comando do Palácio dos Bandeirantes. Rodrigo Garcia, atual vice-governador, foi o escolhido para tentar suceder a Doria, mas Orlando segue cotado para ser vice, inclusive, com a possibilidade de mudar de partido para conseguir angariar mais apoio ao tucanato. Caso tal cenário aconteça, o chefe do Executivo são-bernardense teria que renunciar até 2 de abril, seis meses antes do pleito.
Manente buscará seu terceiro mandato como deputado federal, fato já consolidado, a expectativa fica para o seu caminho partidário. A possibilidade da criação das federações partidárias e a entrada de Sérgio Moro (Podemos) na pré-campanha presidencial são colocados como fatores para que o parlamentar possa alterar sua estratégia para a campanha do próximo ano. Até o momento, tudo segue como está. A expectativa é que qualquer mudança só ocorra no final da janela partidária.
Luiz Marinho passou o ano dividido entre a articulação política em prol da pré-candidatura a governador de Fernando Haddad e a sua pré-candidatura a deputado federal. O petista é considerado internamente como um nome forte para angariar votos ao Partido dos Trabalhadores para fortalecer a bancada na Câmara Federal, principalmente levando em conta a posição de liderança de Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas eleitorais.
Câmara de São Bernardo
O Legislativo são-bernardense entrou em 2021 com um cenário favorável ao governo Morando, 24 dos 28 vereadores estão na base de apoio do tucano. Porém, durante a temporada das sessões tal situação não foi 100% tranquila. Reclamações dos parlamentares, principalmente do novo G10 fizeram com que Adalberto Guazzelli fosse exonerado da Secretaria de Cultura.
Aliás, este grupo formado por boa parte dos integrantes dos partidos aliados vem ganhando mais força nos bastidores da Casa de Leis e articula a sua representação nas eleições do próximo ano. O que não se sabe é se haverá uma dobrada com a deputada estadual Carla Morando (PSDB), que buscará a reeleição, ou se a tentativa será isolada do governo.