Um dos maiores ídolos da história do Santos, o ex-atacante Dorval morreu neste domingo aos 86 anos de idade. Ele estava internado na Casa de Saúde de Santos “com quadro clínico delicado, com muita tosse”, de acordo com comunicado do próprio clube.
Segundo familiares, o velório será realizado no Salão de Mármore, na Vila Belmiro, em horário ainda a ser divulgado. A direção do Santos decretou luto de sete dias.
“Dorval é um dos jogadores inesquecíveis, que ajudou a construir essa linda história do Santos. Merece todas as reverências por sua trajetória. O Santos perdeu um de seus maiores ídolos hoje”, lamento o presidente do Santos, Andres Rueda.
Dorval participou das conquistas da Copa Libertadores em 1962 e 1963 e dos Mundiais, nos mesmos anos. Em nível nacional, esteve no time santista campeão brasileiro em 61, 62, 63, 64 e 65 e campeão paulista em 58, 60, 61, 62, 64 e 65. No total, o ex-atacante somou 612 jogos com a camisa do Santos. É o quinto que mais jogos participou entre todos os jogadores da história do clube. Ele também se destacou balançando as redes. Com seus 194 gols, é o sexto maior artilheiro da história do clube.
Antes de chegar ao time da Vila, Dorval viu seu futebol ser renegado em equipes como Grêmio, Corinthians e Flamengo, porque já havia jogadores na posição. Estreou pelo Santos no dia 7 de setembro, contra o Corinthians de Santo André, na mesma partida em que Pelé marcou o primeiro gol com a camisa santista. Na década seguinte, se firmou como titular na equipe do técnico Lula.
Ele também vestiu a camisa da seleção brasileira. Foram 13 partidas, entre 1959 e 1963. Dorval ainda defendeu as cores do Juventus-SP, Racing, da Argentina, Athletico-PR, Valencia, da Venezuela, e do SAAD-SP, onde encerrou a carreira em 1972.
Em 2016, Dorval foi um dos ex-jogadores do Santos a entrar para a calçada da fama do Museu Pelé, ao lado de Mengálvio, Coutinho, Pepe, Lima, Juary e Léo. No ano seguinte, a homenagem foi em outro lugar. No aniversário de 105 anos do Santos, em 2017, o ex-atacante e os antigos parceiros de ataque do Ataque dos Sonhos foram prestigiados pelo clube e também gravaram os seus pés no Memorial de Conquistas da Vila Belmiro.