O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), virou o principal nome para compor como vice na chapa de Rodrigo Garcia (PSDB) na disputa pelo Governo do Estado no próximo ano. Ao RDtv nesta segunda-feira (27/12), o tucano afirmou que recebeu o convite para ingressar no União Brasil e assim ocupar a vaga de número dois, porém, ainda aguarda o convite do atual vice-governador para tomar uma decisão sobre seu futuro político.
“Vice é o único cargo em que você não faz campanha, você é convidado. É uma composição de chapa e eu fico muito à vontade, pois já convidei por duas vezes o meu vice que é novamente o Marcelo Lima (PSD). Tem sim um grande movimento, uma grande especulação, o que nos honra bastante, ter o nome lembrado é sempre importante”, explicou o são-bernardense.
O principal cenário conta com uma mudança partidária, deixando o PSDB e seguindo para o União Brasil (partido oriundo da fusão entre DEM e PSL). Em reunião na semana passada, Morando recebeu do vice-presidente nacional da legenda, Antonio Rueda, o convite para trocar de partido com o intuito de garantir a vaga de vice na chapa de Garcia.
Orlando afirma que ainda pensará no assunto, mas que qualquer situação inerente a disputa eleitoral do próximo ano ainda dependerá do convite do atual vice-governador que assumirá em definitivo o comando do Palácio dos Bandeirantes a partir de abril de 2022, pois João Doria (PSDB) terá que renunciar para disputar a Presidência da República.
Internamente Orlando Morando é visto como um nome forte por conseguir vencer as campanhas da esquerda nas duas últimas eleições municipais, sendo que na última conseguiu ainda eleger 10 vereadores do PSDB e garantir uma base governista formada por 24 dos 28 legisladores municipais, uma das maiores da região metropolitana.
O tucano considera que a eleição será protagonizada por Garcia e alguma das candidaturas oriundas da esquerda. Nesse momento três nomes despontam na oposição: o ex-governador Márcio França (PSB), o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e o ativista político Guilherme Boulos (PSOL).
A princípio, França tenta convencer o PT a apoiá-lo, principalmente após a aproximação de Geraldo Alckmin (sem partido) do PSB e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os petistas seguem internamente com a linha de que precisam ter candidato próprio em São Paulo. No caso de Boulos, pouco se fala sobre uma possível aproximação com algum dos outros pré-candidatos, principalmente por ser contra uma união entre Lula e Alckmin.
Orlando Morando “precisa” receber o convite de Rodrigo Garcia até o final de março, pois caso siga para a disputa estadual o prefeito precisaria renunciar ao cargo até 2 de abril, data que marca os seis meses anteriores ao primeiro turno das eleições gerais.