Cidades do ABC registram aumento nos casos de dengue

Santo André foi a cidade que registrou maior aumento (Foto: Banco de Dados)

Com a temporada de chuvas e de calor excessivo, existe a possibilidade de aumento dos casos de dengue e de chikungunya. Algumas cidades do ABC registraram alta no número de casos de dengue nos dois últimos meses do ano, se comparado ao mesmo período do ano passado.

Nos meses de novembro e dezembro de 2020, foram notificados 12 casos de dengue em Santo André, além de três notificações de chikungunya. Já no mesmo período deste ano, foram notificados 22 casos de dengue, alta de 83,3%. No período não houve notificação de chikungunya na cidade.

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Mauá teve apenas um caso de dengue em dezembro desde ano, um caso a mais do que em 2020, que não registrou nenhum caso. A equipe da Zoonoses da cidade realiza ações de bloqueio, por território, de acordo com as notificações que chegam até a Vigilância Epidemiológica, para evitar novos casos.

Ao longo deste ano, 85 casos de dengue foram registrados em São Caetano, e outros três de chikungunya. A administração afirma que no último mês, o Centro de Controle de Zoonoses identificou aumento do número de casos, em função das condições climáticas, mas ainda não é possível afirmar com exatidão a dimensão desse aumento. “Os casos suspeitos do mês de dezembro estão sendo analisados e só terão confirmação do diagnóstico em janeiro”, revela.

Em São Bernardo, nos meses de novembro e dezembro de 2020 e de 2021 não foram confirmados casos de dengue ou chikungunya. Neste ano, foram notificados 1.182 casos de dengue na cidade, sendo seis em novembro e em 2020, foram 1.148 casos notificados, sendo 40 em novembro e 43 em dezembro. A administração realiza, de forma permanente, ações integradas de educação em Saúde, desenvolvidas pela Divisão de Veterinária do Centro Controle de Zoonoses (CCZ) com foco na prevenção ao mosquito Aedes aegypti e outras arboviroses. “A Prefeitura realiza ações de casa a casa como rotina, eliminando todos os focos encontrados e aplicando larvicida naqueles que não podem ser eliminados, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde”, afirma a administração.

Em Rio Grande da Serra não foram registrados casos de dengue e chikungunya em novembro e dezembro deste ano, nem em 2020. A Administração informa que mantém parceria com o SUCEN (Superintendência de Controle de Endemias), órgão do Governo do Estado, que coloca armadilhas em locais de proliferação para monitoramento de possíveis focos do mosquito aedes aegypti. As amostras são analisadas e, caso seja encontrada larvas do mosquito, são tomadas as devidas providências.

Diadema notificou nove (9) casos de dengue em novembro/2020 e 13 casos de dezembro/2020. Em 2021, foram cinco (05) em novembro e cinco (05) em dezembro. Todos casos são autóctones e nenhum caso grave. Em relação as notificações, todos os casos foram comunicados. Não houve registro de caso de Chikungunya em novembro e dezembro nos últimos dois anos.

Para controle das doenças, o foco da Prefeitura tem sido nas atividades de prevenção. As ações são desenvolvidas na área de abrangência de cada uma das 20 Unidades Básicas de Saúde (UBS), pelos Agentes de Saúde, com suporte do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Diadema. Saiba mais em (clique aqui).

Procurada, a Prefeitura de Ribeirão Pires não informou os números das doenças até o fechamento desta reportagem.

Números no Estado

O Estado de São Paulo registrou em 2021, até 04 de dezembro, 14,3 mil casos de chikungunya e seis mortes. Houve 139,4 mil casos de dengue e 58 óbitos. Quanto à zika, são 13 casos confirmados neste ano, sem óbitos. Há tendência de aumento da doença devido à sazonalidade, pois não houve muita intensidade nos últimos três anos.

Com objetivo de auxiliar os municípios no enfrentamento à Chikungunya, a Secretaria de Estado de Saúde elaborou neste segundo semestre o primeiro Protocolo de Manejo Clínico de Chikungunya do país. Este manual foi idealizado com o propósito de estabelecer diretrizes para suspeita clínica, diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos casos, servindo de subsídio a gestores, profissionais e usuários dos serviços de saúde.

Prevenção

O enfrentamento ao Aedes é uma tarefa contínua e coletiva. As principais medidas de prevenção são: deixar a caixa d’água bem fechada e realizar a limpeza regularmente; retirar dos quintais objetos que acumulam água; cuidar do lixo, mantendo materiais para reciclagem em saco fechado e em local coberto; eliminar pratos de vaso de planta ou usar um pratinho que seja bem ajustado ao vaso; descartar pneus usados em postos de coleta da Prefeitura.

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