O Programa Bom Prato, da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo (SEDS), comemora 21 anos de existência, e como parte das celebrações, anuncia a implantação de 12 novas unidades a partir de 2022, sendo três no ABC: Mauá, Diadema e São Bernardo. Todas deverão contar com ar condicionado climatizado.
Criado no ano 2000, o programa possui 59 unidades de restaurante, que já serviram 297,7 milhões de refeições entre café, almoço e jantar. Agora, os novos investimentos deverão servir 300 cafés da manhã e 1.200 almoços. Além das unidades de Mauá, Diadema e São Bernardo, haverá restaurantes nas cidades de Jacareí, Cotia, Sumaré, Praia Grande, Francisco Morato, Embu das Artes, Ribeirão Preto II, e na capital, Parelheiros e M’Boi Mirim.
O investimento da Secretaria de Desenvolvimento Social será de R$ 12.000.000,00 – ou seja, R$ 1.000.000,00 por unidade. Esses recursos são destinados a adequações desses locais, como por exemplo: novas caldeiras, fornos e utensílios em geral.
Os municípios são responsáveis por construir esses restaurantes. As construções seguem os moldes instituídos no Manual de Implantação da Secretaria de Desenvolvimento Social. Os restaurantes são viabilizados no modelo de cofinanciamento entre o Estado e as prefeituras.
O restaurante
“Sou viúvo, moro sozinho, recebo um salário mínimo, mas não dá para eu fazer comida em casa. Então tenho que achar uma coisa mais barata para poder comer”, disse o aposentado Antônio José Garcia Gomes, que almoça na unidade do restaurante Bom Prato da cidade de Santo André desde a sua inauguração em 2002.
Durante a pandemia, o programa foi ampliado e passou a servir jantar a partir de abril de 2020, também ao custo de R$ 1 com objetivo de atender principalmente pessoas em situação de rua e famílias em extrema vulnerabilidade social, que eventualmente foram vítimas da pandemia de Covid-19 por terem perdido suas fontes de renda.
Desde o início da pandemia, o programa serviu 56,9 milhões de refeições, sendo 1,4 milhão gratuitas. Para receber a refeição gratuita é preciso ter um cartão. Para ter esse direito é preciso ser um cidadão que esteja em situação de rua, necessite de auxílio alimentação e não more em albergues. Os cartões são entregues apenas para pessoa adulta (homem ou mulher). E crianças com até 6 anos não pagam. O cadastramento é realizado pelas prefeituras. Até o momento foram disponibilizados 24.688 cartões aos municípios.
“Com os altos custos que estamos vivendo no preço do arroz, no feijão, com a comida muito cara, geralmente a maioria das pessoas não tem condições. E aqui é um lugar que você paga uma comida barata, balanceada, bem cuidada e bem feita”, falou João Roque dos Santos, aposentado.
Do total das 60 unidades, são 22 delas localizadas na capital, 12 na Grande São Paulo, 8 no litoral e 18 no interior. Todos os restaurantes populares funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h às 9h para o café da manhã, com o almoço a partir das 10h30, preferencialmente para idosos, e 11h para o público em geral. O jantar é a partir das 17h30.