Durante o ano de 2021 os debates na política de Diadema não faltaram, principalmente em seu Legislativo. Porém, a maioria dos políticos da cidade resolveram passar a temporada nos bastidores, principalmente na busca de articulações visando as eleições de 2022 e as ainda pré-candidaturas a deputado estadual e federal, que buscam ressuscitar o cenário eleitoral de 2020, principalmente nos grupos de José de Filippi Jr. (PT), Taka Yamauchi (sem partido) e Lauro Michels (PV).
Enquanto muitos consideravam que Taka, segundo colocado na disputa para prefeito, passaria o ano nos holofotes por uma série de críticas a nova gestão, acabaram vendo o político passando mais tempo articulando o seu futuro e a busca de uma vaga na Câmara Federal. Além do seu grupo político em Diadema, ainda existe o apoio oriundo de outros municípios como no caso do ex-prefeito de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Kiko Teixeira (PSDB). A decisão que ainda falta sair é sobre qual partido Yamauchi pretende disputar o próximo pleito. Nos bastidores a informação é de uma forte aproximação do MDB.
No caso de Michels, o seu grupo já conta com base para a tentativa de reeleição do deputado estadual Márcio da Farmácia (Podemos) e da nova tentativa de Regina Gonçalves (PV), desta vez para deputada federal. Lauro, em si, acabou virando pauta de polêmica ao ter suas contas rejeitadas na Câmara, algo nada usual levando em conta o histórico dos vereadores diademense em “salvar” prefeitos, mesmo com pareceres negativos do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo).
O grupo governista se articula no entorno da dupla Josa Queiroz e Orlando Vitoriano (ambos do PT) para a disputa na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal, respectivamente. O presidente da Câmara e o líder de governo seguem a busca de garantir a força de Filippi, eleito prefeito pela quarta vez, algo inédito na história do município.
Outro nome que se aguarda um posicionamento é de Ricardo Yoshio. Candidato a prefeito pelo PSDB, o ex-vereador e ex-candidato a prefeito é sempre citado nas rodas políticas da cidade como um nome fora do tucanato, em busca de apoio para uma possível candidatura em 2022.
Câmara
No Legislativo, Filippi teve muita tranquilidade em aprovar todas as matérias que protocolou, principalmente com uma base formada por 15 dos 21 vereadores. Mas tal cenário não significou falta de debate, pelo contrário. A bancada do PROS, Eduardo Minas e Reinaldo Meira, protagonizou boa parte das críticas ao governo no Legislativo, chegando ao ponto que Meira pensou em protocolar um pedido de impeachment contra o prefeito, o que não ocorreu até o final do ano.
Josa e Vitoriano acabaram como os principais porta-vozes de Filippi no Parlamento de Diadema, o que gerou muitos momentos de fortes debates. Em alguns encerrados rapidamente e outros que eram levados ao longo das sessões ordinárias e extraordinárias.