A Defesa Civil estadual fez um alerta nesta quarta-feira (05/01) por conta das chuvas previstas para a maior parte do estado até sábado (08/01). Para a região metropolitana de São Paulo, que inclui o ABC deve chover entre 100 e 145 milímetros até o final de semana. As prefeituras dizem que estão preparadas e monitorando os pontos críticos.
A prefeitura de São Caetano, cidade que tem enchentes ao longo da avenida Guido Aliberti, na junção do Ribeirão dos Meninos com o Ribeirão dos Couros, diz que está preparada para todo o tipo de emergência que pode ocorrer. “A Defesa Civil realiza durante o ano cursos de aperfeiçoamento e treinamento com seus agentes, guardas civis municipais, agentes de trânsito e atiradores do Tiro de Guerra. Além disso, há monitoramento 24h por dia do Clima/Chuvas/Rios através dos Centros de Informações: climáticas, Cemadem (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas e Desastres Naturais – órgão federal que monitora todo o país), Casa Militar, Defesa Civil e CGE ABC (Centro de Gerenciamento de Emergências)”, informou em nota. A aparelhagem para amparo a eventuais situações emergenciais também está em dia segundo a administração. “Recentemente, a Defesa Civil recebeu equipamentos através de uma emenda parlamentar para aquisição de um veículo automotor cabine dupla à diesel; um conjunto de combate a incêndio, tanque rígido de 400 litros; duas motosserras; duas tendas; e oito tripés suporte para holofotes”, informa, em nota. Em casos de emergência o morador de São Caetano deve ligar para o SOS Cidadão nos telefones 156 ou 0800-7000-156.
Em Santo André a prefeitura implantou nas áreas de risco os Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil. A cidade tem cerca de 6 mil habitações em áreas de risco. “A ‘Operação Chuvas de Verão’ começou dia 1º de dezembro de 2021 e segue ativa até o dia 15 de abril de 2022, que é específica para o evento chuvas e suas consequências. Toda a estrutura municipal está atuando em apoio às famílias, desde a parte assistencial, com o encaminhando de benefício financeiro para aluguel, no caso de interdição de imóveis, e Fundo Social de Solidariedade, com a doação de roupas, alimentos, itens de higiene, entre outros, em apoio às famílias no caso de perdas. Os técnicos municipais monitoram as áreas e realizam as vistorias nas edificações”, detalhou a prefeitura em nota. A cidade tem locais preparados para servirem de abrigo. O telefone de emergências da Defesa Civil é o 199, e fica disponível 24 horas por dia.
Em Rio Grande da Serra a preocupação é com um ponto de alagamento no córrego Rio Grande que é monitorado pela prefeitura. Segundo a administração, há alguns anos o local não registra problemas. Há também pontos em que podem ocorrer deslizamentos de terra. “Os pontos monitorados com perigo de deslizamento são no Jardim Guiomar, Parque do Governador e na Vila São João. Neste último, houve um deslizamento no início de 2021, sem gravidade. O trabalho feito para que não haja alagamentos e deslizamentos são: monitoramento de encostas e córregos, desassoreamento dos córregos e orientação para que os munícipes não construam em áreas de risco. A Defesa Civil de Rio Grande da Serra realiza atendimento 24h por meio do telefone 199”, informa.
Em São Bernardo o telefone da Defesa Civil é o mesmo. A cidade tem 126 áreas de risco onde estão 2.010 moradias, segundo informou a administração. “Todos os pontos são monitorados regularmente, em especial, neste período de fortes chuvas. Para auxiliar neste trabalho, a prefeitura lançou, em dezembro, a Operação Pé D’Água, que visa minimizar o impacto das chuvas de verão por meio de mutirões preventivos e de planos de ação para eventos como escorregamentos, alagamentos e inundações, justamente nessas regiões mapeadas como áreas de riscos. Ao todo, 250 agentes públicos estão envolvidos na iniciativa. Juntos, esses servidores são responsáveis por realizar visitas às áreas de risco da cidade para promover instruções de prevenção, identificação de riscos e distribuição de material informativo”, informou a prefeitura.
Mauá tem 32 áreas de risco próximas a encostas ou margens de rios; nestes locais vivem cerca de 20 mil pessoas. A prefeitura tem locais preparados para receber desabrigados que são o Poliesportivo Vila Vitória, que se torna um abrigo provisório, e os cinco CRAS (Centro Regional de Atenção Social) que são locais de refúgio. Na cidade além do 199 os moradores ainda podem ligar no 4512-7732. A prefeitura garantiu, em nota, que está bem preparada para o período chuvoso. “A Defesa Civil dispõe de seis viaturas e 26 agentes, que operam 24 horas. Temos estoque de kits de ajuda humanitária, que incluem colchões, cobertores, kits de higiene e cestas básicas”.
Em Diadema o monitoramento é feito em nove áreas de risco de deslizamentos classificadas como R4 (risco muito alto). “Em somente uma delas também há risco de inundação, mas em menor proporção. Não temos registros de alagamentos há alguns anos e não enfrentamos esse problema em 2021, o que denota que o sistema de drenagem tem funcionado. Os piscinões que atendem à cidade também são monitorados pela Defesa Civil, sendo sua limpeza de responsabilidade do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), que tem cumprido o cronograma de manutenção apresentado em setembro último”, diz a prefeitura em comunicado. A Defesa Civil do município conta com 11 pessoas treinadas para essas ações (sendo um engenheiro), oito viaturas (sendo dois caminhões) e todos os materiais e equipamentos necessários para o trabalho. Os casos de emergência devem ser informados nos números 4072.9239 ou 153 da GCM.
Ribeirão Pires não informou.