O Departamento de Proteção e Defesa Civil da Prefeitura de Santo André contabiliza que, atualmente, cerca de 3 mil famílias vivem em áreas de risco para alagamento e deslizamento de terra na cidade. O número preocupa a diretora do departamento, Priscila Oliveira, que em entrevista ao RDtv, falou sobre o aumento do volume das chuvas de verão na região e as implicações de catástrofes naturais.
Segundo ela, as previsões para este ano eram de que o verão não castigasse tanto a região com chuvas, entretanto, os números pluviométricos vêm surpreendendo cada vez mais. “A preparação da Defesa Civil para o período de chuvas (1º de dezembro a 15 de abril) acontece o ano todo, mas pensávamos que assim como nos últimos dois anos, a chuva não fosse castigar tanto”, diz ao citar que a equipe foi surpreendida com episódios de ventos fortes e chuvas acima de 100 milímetros em regiões que choviam cerca de 80.
Para evitar problemas e dar conta da alta demanda de ocorrências, a diretora explica que toda administração municipal se organiza para atuar de forma conjunta no atendimento e ações preventivas executadas pela Defesa Civil de Santo André. “Toda a estrutura do município acaba se transformando em Defesa Civil, com áreas em estado de atenção e preparadas para enfrentamento de todos os desafios que as chuvas trazem para a cidade e regiões em que as famílias de risco residem”, explica.
Especialmente neste período, Priscila explica que um dos maiores desafios enfrentados pelas equipes é a retirada das pessoas que vivem nas áreas de risco. “Sabemos que existe o apego pelo lar, justamente porque é só aquilo que as famílias têm, mas muitas não entendem que correm risco de vida”, diz. “Os técnicos monitoram essas áreas de risco, vistoriam as casas e, quando orientam para a saída, é porque é necessário em um momento emergencial, mas muitos não saem”, enfatiza ao citar que, apesar disso, a cidade dispõe de locais preparados para atender aqueles que ficaram desabrigados.
Dicas para se proteger das chuvas de verão
- Não estacione perto de árvores
- Evite áreas de enxurrada
- Não enfrente alagamentos
- Após a chuva, reduza a velocidade
Quem precisar acionar a Defesa Civil, o telefone é: 199 (disponível 24 horas) ou 4433-0052.