É durante a temporada de chuvas que se percebe com mais frequência a presença de animais peçonhentos em casas e apartamentos, principalmente, próximos a áreas verdes. E é neste período em que se deve redobrar a atenção para evitar acidentes, como explica Paulo Sérgio França dos Santos, médico veterinário do Centro de Controle de Zoonoses de Ribeirão Pires, em entrevista ao RDtv, nesta segunda-feira (10/01).
Segundo o médico, a reprodução desses animais acontece na primavera, portanto é no verão que eles buscam abrigos e alimentos. “Por conta das chuvas podem se esconder em residências e causar acidentes”, afirma.
Cuidados simples como manter quintais e jardins limpos e sem entulhos (pois este tipo de animal procura locais secos, escuros e próximos de comida), e utilizar luvas e botas ao cuidar de jardins (locais com mais incidência de acidentes), ajudam a prevenir ataques de animais peçonhentos, como cobras, escorpiões, lagartas e aranhas. “Além disso, antes de vestir um calçado, principalmente que está guardado há muito tempo, é importante verificar se não há nenhum animal escondido nele”, explica França.
Animais peçonhentos são todos aqueles que possuem inoculador de veneno, um ferrão ou uma presa que podem introduzir o veneno na vítima. Para pessoas leigas ao verificar a presença deste tipo de animal, o mais recomendado é se afastar e buscar atendimento do Centro de Zoonoses da cidade. Em Ribeirão Pires, o chamado poder ser feito pelo telefone 4824-3748. “O animal será resgatado e encaminhado de volta à natureza, ao habitat natural”, diz França.
Em caso de acidentes, a vítima deve manter a calma e lavar a ferida com água corrente e sabão, fazer compressa de água fria ou gelo (no caso de picadas de cobras) e água morna para picadas de aranha ou escorpião, manter o local atingido mais alto que o restante do corpo, e procurar atendimento médico o mais rápido possível.
O torniquete não é recomendado em nenhuma hipótese. “Tenha calma neste momento, observe as características do animal para relatar à equipe médica, ou se possível, leve o animal junto. Dessa forma, o tratamento terá foco certeiro, mas mesmo sem saber qual o animal é possível tratar com soro universal”, explica o veterinário.