A esquerda brasileira segue dívida sobre a busca de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em ter como vice para a disputa presidencial de outubro o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (sem partido). Alguns não querem ver isso acontecer, enquanto outros defendem a situação. Ao RDtv desta quinta-feira (27/01) a deputada estadual Márcia Lia (PT) considera que independente do cenário, o petista conta com chances de vitória ainda em primeiro turno e que uma aliança com Alckmin poderia fortalecer um futuro governo e sua relação com o Congresso Nacional.
“A minha percepção é que de que Lula tem chances (de vencer em primeiro turno) independente de Alckmin. O presidente Lula acumula uma força muito grande na sociedade brasileira. Mas acredito que precisamos de força para governar o país, força para passar os projetos necessários na Câmara Federal, precisamos de força para conseguir ter responsabilidade para encarar os desafios que virão a partir de 2023”, explicou a parlamentar.
Lula não esconde sua preferência pelo ex-tucano e busca fechar o mais rápido possível a sua entrada no PSB para selar o pacto. Inclusive com a possibilidade de uma federação formada por PT, PSB, PV e PCdoB para tentar formar um superbloco no Legislativo.
Porém a principal pedra no sapato está a disputa entre petistas e socialistas por apoios nas disputas pelos governos estaduais, principalmente em São Paulo. O ex-governador Márcio França (PSB) pediu para que o PT o apoie em troca de ter Alckmin e o PSB como vice de Lula, porém, o Partido dos Trabalhadores não quer tirar o nome de Fernando Haddad.
Para Márcia, o cenário em São Paulo transparece ser mais positivo para Haddad do que para França. “As pesquisas apontam que o Haddad tem um percentual melhor de intenção de votos, está na frente, realmente estamos perto de conseguir assumir o comando do Governo do Estado. Não vejo a possibilidade de Haddad não ser o candidato”, explicou a deputada que considera que Guilherme Boulos (PSOL) pode se juntar ainda no primeiro turno com a nova tentativa petista de assumir o comando do Palácio dos Bandeirantes.