Faltam menos de seis meses para a eleição geral e a temporada de projeções sobre o que ocorrerá na votação em outubro só está começando. Em entrevista ao RDtv desta terça-feira (5/4) o pré-candidato a deputado federal Wagner Rubinelli (PSB) afirmou que acredita que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não estará no segundo turno. Sua justificativa é a possibilidade do crescimento da chamada terceira via.
“Eu acredito ainda que deva surgir uma outra candidatura que agregue um pouco dos votos da direita, porque estamos vendo algumas movimentações, então eu acredito que a candidatura do Bolsonaro vai se desidratar um pouco. O que estava acontecendo? Ele subiu um pouquinho (nas pesquisas) quando o (ex-juiz Sérgio) Moro retirou, a candidatura do Moro realmente não pegou e nem deve pegar, porque o Moro foi horrível como juiz, um juiz tendencioso, um juiz que combinava as coisas com o Ministério Público, que escondia informações da defesa e todo mundo sabe que o Moro não é referencial para ninguém, foi um péssimo juiz e seria um péssimo político. Mas de certa forma ele pegava os votos do Bolsonaro e pode ser que algum candidato desse leque da centro-direita acabe desidratando um pouco o Bolsonaro”, justificou.
Rubinelli considera que a mesma desidratação ocorre entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atual líder das pesquisas, e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) que conta com votos no mesmo campo político do petista, mas para o socialista não a ponto de derrubar o ex-presidente de um possível espaço na segunda etapa do pleito.
Sobre a disputa pelo comando do Palácio dos Bandeirantes, o ex-deputado federal não crê em uma união entre Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB) ainda em primeiro turno, mas considera que haverá um apoio para aquele que seguir para a última etapa da eleição. Rubinelli não indicou qual seria o outro integrante da disputa pelo Governo do Estado.
Busca pelo retorno a Câmara dos Deputados
Wagner Rubinelli busca retornar a Câmara dos Deputados, local em que esteve entre fevereiro de 2003 e julho de 2005, ainda como filiado do Partido dos Trabalhadores. Agora no PSB, o advogado busca consolidar seu nome na disputa como o único representante do partido na região. A regionalidade foi apoiada por outros nomes da legenda no ABC e contará com uma série de dobradas.
A princípio a principal delas será com ex-secretário de Planejamento de Mauá, Rômulo Fernandes (PT), porém, não será exclusiva. Nomes como de Caio França (PSB), Luiz Fernando Teixeira (PT) e Neycar (Solidariedade) também serão alvos do apoio mútuo.
Wagner acabou entrando em substituição ao filho, Fernando Rubinelli, que permaneceu como secretário de Serviços Urbanos de Mauá. “Fernando falou ‘poxa, agora que estou fazendo um bom trabalho na Secretaria’, digamos assim, ele ficou um pouco pensativo a respeito e aí surgiu dele mesmo a possibilidade de que eu assumisse a pré-candidatura ao invés dele manter o nome. O prefeito, meu amigo Marcelo Oliveira, também foi ouvido e viu com simpatia a minha pré-candidatura, é um grande amigo, um incentivador. Nós temos uma aliança muito forte, apesar que eu esteja no PSB e ele esteja no PT, são partidos muito próximos que são contra esses projetos com viés fascista”, explicou.