Moradoras de Diadema denunciaram ao RD as dificuldades para realizar o exame de papanicolau no município. As principais reclamações giram em torno da UBS (Unidade Básica de Saúde) Parque Real, onde o exame é de difícil acesso para as pacientes da região.
Thalita Campos procurou o atendimento na UBS durante mutirão realizado pela cidade, no ano passado, quando foi informada que não haviam funcionários disponíveis para realizar o procedimento. “No dia fiquei indignada, disse que não sairia de lá sem meu exame. A responsável me agendou para outra data, em dezembro do mesmo ano”, comenta a moradora.
Thalita foi comunicada que seria direcionada independentemente do posto e atendida no mesmo dia. A expectativa – não atendida – gerou espera de mais dois meses pelo exame. “No dia deu certo, a médica que me atendeu é ótima. Mas fiquei dois anos sem o fazer exame, só consegui em dezembro”, ressalta.
Outra moradora – esta que preferiu não se identificar – também procurou atendimento na UBS Parque Real e não conseguiu fazer o exame. Desempregada, a munícipe conta que tentou realizar o exame duas vezes, sem sucesso, durante este ano e, por conta da demora, procurou o serviço no particular. “Um serviço público que toda mulher deveria ter direito de fazer e não temos. Na página da prefeitura tinha uma informação que poderia ir direto no dia, sem marcar. Quando fui, me disseram que não haviam vagas”, conta.
Questionada, a Prefeitura de Diadema informou que, atualmente, não há restrição para realização de Papanicolau nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade.
O exame é agendado porque precisa de preparo para sua realização, que é não estar menstruada (colher três dias após o término), evitar relação sexual três dias antes, evitar o uso de ducha vaginal e não usar creme ou óvulo vaginal.
As duas usuárias devem procurar a UBS Parque Real para realizar o agendamento. A mesma realiza uma média de 70 a 80 exames por mês. A agenda está aberta e, hoje, marcando para o meio do mês de maio.