Autoridades públicas deveriam ter criado um programa unificado para que todas as escolas tivessem os mesmos equipamentos durante a pandemia. É o que defende Antonio Aparecido de Carvalho, pesquisador convidado do Observatório de Políticas Públicas, Empreendedorismo e Conjuntura da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), em entrevista ao RDtv.
O pesquisador aponta que as escolas vivem um processo lento de atualização nas formas de ensino. “Estamos demorando muito para que todas as escolas, sendo elas públicas ou privadas, tenham acesso satisfatório à internet e também, que funcionários sejam capacitados para operar os equipamentos”, diz Carvalho.
O professor reitera, ainda, que o Brasil deveria estar envolvido com as evoluções tecnológicas na educação há anos, assim como outros países. “Não é questão de aposentar os livros, mas acredito que toda inovação que venha, é bem vinda e nós devemos tirar proveito dela, em todos os pilares”, expõe.
Carvalho expressa que, por conta dos atuais escândalos dentro do Ministério da Educação, a qualidade do ensino no Brasil se tornou a última prioridade. “A educação é o alicerce e, na nossa sociedade, é ela que muda tudo. É a partir da educação que teremos melhores salários, que surgem os microempreendedores individuais, que as empresas mostram resultados melhores e, tudo isso, melhora as nossas vidas”, evidencia o pesquisador.
Antonio acredita que empresas, sejam elas de grande, médio ou pequeno porte, poderiam promover operações em conjunto com as secretarias educacionais, para que se possa ter condições melhores para o uso de tecnologias da informação e comunicação. “As empresas também são interessadas, para que tenhamos pessoas mais qualificadas para o mercado de trabalho. Temos hoje cerca de 9,6 milhões de pessoas desempregadas no Brasil e grande parte não possui capacitação necessária”, destaca o professor.