A deficiência da vitamina D está ligada ao desenvolvimento de uma série de doenças, especialmente em razão do nutriente ter uma grande importância para a saúde óssea. Segundo Fernando Valente, endocrinologista e professor da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), a vitamina D é a principal responsável pela absorção de 85% do cálcio ingerido na alimentação.
De acordo com especialistas, junto da vitamina D, o cálcio o principal nutriente a proporcionar boa formação e manutenção da massa óssea. “Se não tivéssemos vitamina D no corpo e tomássemos um litro de leite por dia, absorveríamos o equivalente a 160ml de aproveitamento de cálcio”, compara o endocrinologista.
A falta da vitamina D provoca, dentre diversos problemas, câncer, risco de fraturas, doenças autoimunes, metabólicas e cardiovasculares. A deficiência do nutriente tem, inclusive, associação com a alta mortalidade. “Mas é importante ressaltar que a vitamina D pode ser não causar tudo isso, e sim ser um marcador de que a pessoa não está tendo uma vida saudável”, ressalta o doutor.
Sinais de reclusão e pouca exposição ao sol podem colaborar para a deficiência da vitamina D no corpo humano. O especialista alerta que, para o diagnóstico, é possível realizar exame de sangue tipo 25(OH)D ou Calcifediol, que detecta a falta de vitamina no sangue.
E atenção: após os 60 anos, a competência da pele produzir vitamina D fica ainda mais baixa. “E isso faz com que a pessoa idosa seja muito mais vulnerável a ter deficiência de vitamina D”, alerta o médico. Especialmente em cidades maiores, o endocrinologista tem observado que as pessoas têm se exposto cada vez menos à luz solar. “A própria tecnologia têm feito com que as pessoas passem mais tempo reclusas. Isso aumentou bastante os casos de pessoas com deficiência de vitamina D”, explica.
De acordo com o médico, o nível ideal de vitamina D no corpo varia da situação de cada paciente. Em pessoas de maior risco, como idosos de 60 anos ou mais, pessoas apresentam deficiência da vitamina ou de absorção de cálcio e o ideal é ter de 30 a 60 mg/ml. Já quem tem baixo risco, especialmente jovens, a quantidade seria de 20 mg/ml ou mais.