A nossa candidatura é para valer e ela está incomodando, diz Tebet

Simone afirmou que não vê problemas em dividir palanque nos estados e que vai falar para o povo (Foto: Reprodução)

A pré-candidata a presidente da república, Simone Tebet (MDB), visitou o diretório do PSDB em São Bernardo nesta sexta-feira (22/7) e rebateu as tentativas internas de seu partido em derrubar sua pretensão política. O prefeito Orlando Morando (PSDB) fez o mesmo ao falar da tentativa do diretório mineiro de fechar acordo para apoiar Ciro Gomes (PDT). Outro ponto é a disputa no Rio Grande do Sul que ainda não tem acordo para uma candidatura unificada.

A senadora resolveu falar sobre as divisões internas em torno de sua pré-candidatura logo no início da coletiva de imprensa. Acompanhada de Orlando e do presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, a pré-candidata considera que houve um incomodo com sua insistência de levar o seu nome na disputa até o fim.

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“A nossa candidatura é para valer e ela está incomodando, e por estar incomodando nós vimos nos noticiários nos últimos dias essa questão de querer desconstruir. Por que não tentaram lá atrás? Porque não acreditavam que nós iriamos levar até o final. A nossa candidatura é em defesa do Brasil. O Brasil precisa ser devolvido aos brasileiros e vai ser devolvido aos brasileiros da forma mais importante, com um governo afetivo, um governo que atende ao interesse das pessoas com amor, com determinação, com afeto. É o coração de mãe que vai estar no dia 1º de janeiro de 2023 governando esse País. Olhando para as pessoas. Menos Lula e Bolsonaro, e mais Brasil”, disse a emedebista.

Questionada sobre as falas do senador Renan Calheiros (MDB/AL) que cogita judicialização da escolha do partido, pois é favorável ao apoio para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Simone foi direta e afirmou que não qualquer preocupação com essa possibilidade.

Em dois estados ainda há problemas para consolidar a parceria entre tucanos e emedebistas. No Rio Grande do Sul ainda não há acordo. Eduardo Leite (PSDB) consolidou sua tentativa pelo segundo mandato, mas Gabriel Souza (MDB), então aliado do ex-governador gaúcho, ainda mantém o seu nome na disputa pelo comando do Palácio Piratini.

No caso de Minas Gerais, o PSDB busca internamente fechar o apoio para Ciro Gomes (PDT) e como contrapartida os pedetistas apoiariam o nome do pré-candidato a governador, Marcus pestana (PSDB). Para Morando, a decisão do diretório mineiro é “individual” e existe o risco de punição caso a escolha nacional não seja mantida no estado.

“O PSDB tomou uma decisão nacional, referendada pela Executiva Nacional do PSDB, na qual eu faço parte, em apoiar a aliança com o MDB e naturalmente a candidatura da senadora Simone Tebet. Qualquer estado que tiver uma posição diferente disso não segue a decisão da Nacional e poderá ser punido. O partido tem comando, o nosso partido não é um partido com dono. Isso foi discutido amplamente e foi aprovado pela Executiva. A decisão é individual e não reflete a decisão do PSDB”, disse o prefeito de São Bernardo.

Simone Tebet considera que as divisões evidenciadas nos últimos dias são lideradas por emedebistas que no passado estavam ao lado dos governos petistas e que agora querem repetir o mesmo cenário. “Existe um cheiro de naftalina nisso”, relatou.

O MDB realizará sua convenção nacional no próximo dia 27. A ideia é que a federação Cidadania/PSDB realize a sua reunião no mesmo dia para sacramentar apoio à senadora. A escolha do vice se dará depois. Questionada sobre o nome do senador Tasso Jereissati (PSDB/CE), Simone não confirmou, mas deixou claro que é um dos nomes pensados.

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