O deputado federal Vinícius Poit (Novo) foi o primeiro nome a aparecer no sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) como candidato a governador de São Paulo. Em entrevista ao RDtv nesta quarta-feira (3/8), o empresário falou sobre suas propostas para a região e sobre o fato de não ser um nome ligado a polarização nacional ou a algum político com longa estrada, e aposta em um cenário parecido com o que ocorreu em Minas Gerais, em 2018, para vencer em terras paulistas.
Poit reforçou por diversas vezes a ligação de Fernando Haddad com Luiz Inácio Lula da Silva (ambos do PT), de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) com Jair Bolsonaro (PL), e ao ser lembrado da estratégia de Rodrigo Garcia (PSDB) em não se posicionar nem de um lado e nem de outro, o candidato listou nomes que considera como padrinhos do atual governador.
“Nem Lula e nem Bolsonaro, mas está com (Luciano) Bivar (União Brasil), Milton Leite (União Brasil), está com a Simone Tebet (MDB), pelo amor de Deus. Quem não tem padrinho, que não tem Lula e nem Bolsonaro é a nossa candidatura que tem São Paulo. São 46 milhões de paulistas que estão cansados do Estado de São Paulo sendo usado como palanque eleitoral de alguém. Chega, São Paulo não é para palanque de Lula, do Bolsonaro ou do União Brasil, ou seja lá, São Paulo é para ser palanque dos paulistas e precisamos retomar isso”, explicou.
A estratégia é utilizar o caminho do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que estava nas últimas colocações das pesquisas eleitorais antes do início da campanha de 2018 e se tornou o chefe do governo mineiro. Para isso, o são-bernardense aposta na redução da máquina com o corte de secretarias, reduzindo de 23 para 15, e a transferência da sede do governo do Palácio dos Bandeirantes para um local na região central da Capital.
ABC
Ao ser questionado sobre a região, principalmente na área de emprego, Poit relatou que na história o tempo levou o ABC a depender da indústria automobilística e que o atual cenário mostra que as sete cidades não podem depender apenas de uma área para crescer economicamente, assim gerando emprego e renda.
“Precisamos renovar a matriz econômica não só do ABC, mas do Estado. Com tecnologia, com serviços, com startups. Isso não vai mudar se o Governo não investir, por exemplo, em tecnologia. Precisamos botar um ensino profissionalizante com qualidade, entendendo qual é o arranjo produtivo de cada local do Estado para formar a mão de obra para o que estão contratando e não continuar na formação de obra para coisas que não existem mais”, disse.
Além disso, criticou a forma de criar incentivos econômicos. Considera que o caminho é desburocratizar usando a tecnologia e um Código de Defesa do Empreendedor.