ABC - quarta-feira , 1 de maio de 2024

FSA vai coordenar hub de inovação e laboratório do Polo Tecnológico

Aroaldo Oliveira, presidente da Agência de Desenvolvimento abriu a terceira reunião do Fórum da Indústria. (Foto: Divulgação)

A Fundação Santo André anunciou, durante a terceira reunião do Fórum da Indústria do ABC, que vai assinar na próxima quarta-feira (10/08) o contrato para a coordenação do Hub de Inovação, que vai funcionar no prédio da Faeco (Faculdade de Administração e Economia) e que tem 5 mil metros quadrados. O professor Vander Ferreira de Andrade, pró-reitor de administração e planejamento da FSA, anunciou também que a fundação será coordenadora do Laboratório de Conectividade Cite (Centro de Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo) que é parte do Polo Tecnológico do ABC.

“Nesta quarta-feira (10/08) estamos assinando um contrato, de algo que já devia estar sendo realizado, mas a pandemia criou aí um gap, para que a gente não pudesse implantar imediatamente, mas estamos  estabelecendo um hub de Inovação no prédio da Faeco que foi totalmente disponibilizado para receber todo o ecossistema de inovação do comércio e da indústria da região”, anunciou Andrade.

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Segundo o pró-reitor um chamamento público já foi aberto para os interessados em ocupar espaços no hub. “Toda e qualquer entidade da região pode vir aqui ocupar um espaço físico, dentro deste prédio de 5 mil metros quadrados já pronto para essa realização, e basta que os senhores manifestem interesse. Se os senhores querem ter um braço da sua empresa, da sua indústria, do seu espaço de trabalho, da sua atividade, do seu pólo de inovação, você ter um espaço aqui. O Sebrae (Serviço de Apoio a Micro e Pequena Empresa) já confirmou que está chegando aqui conosco e uma rede de televisão aqui da região também já confirmou”, disse o professor da FSA.

De acordo com Andrade a prefeitura de Santo André anunciou que a Fundação Santo André será a coordenadora do Cite, parte do Polo Tecnológico do município, mas ainda está em discussão se todo o pólo será instalado na FSA. “Isso ainda está em aberto. Um braço já está certo, já está firmado e a gestão será da Fundação Santo André. Nós também estamos prontos para atender a demandas específicas, ou seja, a medida que você quer um curso próprio para a sua indústria, um curso próprio e específico para a sua entidade, nós também temos o know-how e a expertise de poder desenhar esse formato e atender a sua demanda in company se for o caso ou dentro da própria instituição”, disse o pró-reitor.

Recuperação

Segundo o professor Vander Ferreira de Andrade, a FSA se recupera de dificuldades financeiras e os cursos oferecidos pela instituição foram modernizados e já atraem número considerável de alunos. “A instituição passou por momentos difíceis, e esta reitoria está há mais de quatro anos fazendo um trabalho de recuperação econômica, financeira e estratégica. Dentro deste contexto, já recebemos uma sinalização muito positiva do Ministério Público na direção do crescimento e do avanço da instituição. Esse avanço passa por uma reconfiguração de caráter tecnológico dos nossos cursos de engenharia, de tecnologia, da área de sistemas, aliados aos cursos mais tradicionais de negócios e direito, que estão com altíssima receptividade. No pré-pandemia já vínhamos num crescimento exponencial, a pandemia trouxe, de fato, um impacto momentâneo, mas esse crescimento volta a acontecer. Recentemente o MEC, que esteve aqui para fazer todas as avaliações, e nós tiramos nota máxima em todos os quesitos, a instituição recebeu nota cinco por toda sua estrutura pedagógica e educacional e mais recentemente tivemos uma avaliação em Sistemas EAD e também tivemos nota cinco. Portanto, a nossa missão agora é dar um salto de qualidade na instituição”, explicou Andrade.

Farmacêutica

A terceira reunião do Fórum da Indústria do ABC abordou o cenário da Indústria Farmacêutica e de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. O advogado do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos), Renato Rezende, apresentou os principais desafios do setor, com destaque para a tributação.

“Hoje a indústria farmacêutica é muito dependente de insumos internacionais e temos que mudar isso. O grande vilão de toda indústria acaba sendo a carga tributária, que é muito elevada também no nosso setor. Esses altos impostos são somados à questão da burocracia, onde o ramo farmacêutico gasta”, disse Rezende.

O presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC, Aroaldo Oliveira, destacou que o Fórum tem o papel de discutir a indústria setor por setor. “A região espera muito da indústria, e os outros setores econômicos olham muito para os movimentos dela por isso a gente precisa aprofundar esse debate, que ele seja mais qualificado, um debate que dê direcionamento de fato do que a gente quer construir e onde a gente quer chegar. A gente sabe das transformações que vêm ocorrendo, a pandemia aprofundou essas transformações e é onde se precisa fazer esse debate. O convite é para a gente ir adensando esses grupos de trabalho, para desenhar o pacto e pensar a indústria aqui na nossa região para o próximo período”.

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