O candidato a presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou sua campanha eleitoral com o ato em frente a fábrica da Volkswagen, em São Bernardo, nesta terça-feira (16/8). Ao lado dos candidatos a governador, Fernando Haddad (PT), e a senador, Márcio França (PSB), o ex-presidente fez duras críticas a Jair Bolsonaro (PL) e chegou a afirmar que o atual mandatário da nação está “possuído pelo demônio”.
A frase foi dita após uma série de acenos feitos aos evangélicos, principalmente ao dizer que Bolsonaro está “mentindo” e “usando da fé” para “enganar” este grupo religioso. “Ele (Bolsonaro) está tentando manipular, ele na verdade é um fariseu, está tentando manipular a boa fé dos homens e mulheres evangélicos que vão a igreja tratar de sua fé, tratar de sua espiritualidade ele fica contando mentira o tempo inteiro”, disse Lula que também chamou o atual presidente de “fajuto”, “genocida” e de “negacionista”.
Durante seu discurso, o petista resolveu lembrar a luta do então Sindicato dos Metalúrgicos de Diadema e São Bernardo, atual Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na década de 1970 e também a luta contra a ditadura militar. Deu números sobre a desindustrialização na planta da Volkswagen, e reforçou as críticas contra o Governo Federal e o fato do país ter 33 milhões de pessoas passando fome, segundo o Mapa da Fome.
Fernando Haddad e Márcio França
Em seu discurso, Márcio França também falou das dificuldades sociais das pessoas e criticou o atual Governo do Estado por ter deixado de lado o projeto da linha 18-Bronze, do Metrô, para apostar no BRT ABC, e relatou que Fernando Haddad “vai trazer o projeto do metrô para o ABC”. Haddad focou suas palavras na história de Lula e a campanha do candidato a presidente.
Luiz Marinho
O presidente estadual do PT e candidato a deputado federal, Luiz Marinho, considera que a eleição “infelizmente” terá muitos ataques, mas considera que isso não ocorrerá do lado petista. Para o ex-prefeito de São Bernardo, o principal adversário de campanha “é a situação vivida pela classe trabalhadora” e enfatizou o simbolismo no início da campanha no ABC.
“O Lula sempre começou por aqui. Acho que é muito simbólico ele voltar aqui na porta da fábrica, mostrar para a classe trabalhadora. Portanto, esse ato que é simbólico, mas de compromisso, acima de tudo, de transformação da realidade do mundo do trabalho no Brasil”, disse Marinho.
(Informações: Leandro Amaral)