Em apenas 15 dias candidatos do ABC arrecadam R$ 16,5 milhões em doações

Vicentinho, Marcelo Lima e Alex Manente foram os únicos que conseguiram mais de R$ 1 milhão em doações eleitorais (Foto: Reprodução)

A campanha eleitoral ultrapassou o seu primeiro terço desde o início do período de pedidos de voto. Materiais de campanha e carros de som são vistos em diversos locais. Claro que tudo bancado pelas doações de campanha. O RD fez um levantamento junto ao site DivulgaCand, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e constatou que os candidatos com domicílio eleitoral no ABC já arrecadaram R$ 16,5 milhões para as respectivas campanhas. Do valor, 95,5% têm origem no fundo partidário.

Dos 97 postulantes da região, 63 conseguiram algum valor para investir, porém apenas 38 declaram alguma despesa contratada, no mínimo, para a campanha. O valor contratado não ultrapassa a casa dos R$ 2 milhões, dados atualizados até a última sexta-feira (2/9).

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Dos 43 candidatos a deputado federal, 32 conseguiram alguma doação. O total arrecadado pelo grupo foi de R$ 11,2 milhões, sendo que R$ 10,9 milhões vieram dos partidos, R$ 246,2 mil de pessoas físicas, R$ 43,9 mil de recursos próprios e R$ 1,1 mil de outros candidatos.

Os federais também contam com os líderes de arrecadação até o momento. O deputado federal e candidato à reeleição Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), conquistou R$ 1,5 milhão em doação. Em segundo aparece o vice-prefeito de São Bernardo, Marcelo Lima (Solidariedade), com R$ 1,010 milhão. E em terceiro está o também parlamentar Alex Manente (Cidadania) com R$ 1,001 milhão.

O petista é o único com o valor total tendo origem no fundo partidário. Lima conquistou R$ 10 mil e Manente recebeu R$ 1,5 mil de pessoas físicas. Além deles, outros oito nomes contam com pelo menos R$ 500 mil em doações: Regina Gonçalves (PV) com R$ 999,9 mil; Luiz Marinho (PT) com R$ 903,9 mil; Fernando Marangoni (União Brasil) com R$ 878,3 mil; Júnior Orosco (União Brasil) com R$ 730 mil; Sargento Simões (Avante) com R$ 650 mil; Symmy Larrat (PT) com R$ 650 mil; Luiz Zacarias (PL) com R$ 516,1 mil; e Coronel Nishikawa (PL) com R$ 500,6 mil.

Entre os postulantes a uma vaga na Assembleia Legislativa, 31 conseguiram alguma doação, somando R$ 5,2 milhões, sendo R$ 4,8 milhões em doações dos partidos, R$ 207,3 mil em doação de pessoas físicas, R$ 114,8 mil de recursos próprios, R$ 95 mil de outros candidatos e R$ 28,7 mil de financiamento coletivo.

Quatro candidaturas conquistaram pelo menos R$ 500 mil: Ediane Maria (PSOL) com R$ 512,8 mil; e Cleber Broch (Patriota), Ana Carolina Serra (Cidadania) e Thiago Auricchio (PL), cada um com meio milhão de reais em doações. No caso de Ediane, R$ 10,6 mil tem origem em financiamento coletivo, o restante do valor vem de doação partidária, assim como os demais citados do grupo.

Sem doação partidária

Entre os estaduais, quatro nomes contam com doações, mas sem a origem partidária. Leandro Altrão (PSB) conta com R$ 3.968 com origem em financiamento coletivo. Rosi Ceschini (AGIR) tem R$ 900 doados e Jander Lira (PSD) tem R$ 400 doados, ambos do próprio bolso. E Solange Spina (Novo) tem R$ 300 doados por pessoas físicas.

Entre os federais, André do Viva (Patriota) tem R$ 11.450 com origem em pessoas físicas. Alessandro Leone (PSD) tem R$ 10 mil de recursos próprios. Wagner Rubinelli (PSB) tem R$ 6 mil recebidos de pessoas físicas, mesma origem dos R$ 1.051 que estão na conta eleitoral de Paulo Proieti (Novo). Adilson Farias (Novo) doou para sua própria campanha R$ 540.

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