As eleições gerais não aconteceram e o morador de Ribeirão Pires também terá que pensar prontamente na eleição municipal, no caso, suplementar. Com a cassação do mandato de Clovis Volpi (PL) e Amigão D’Orto (PSB), houve a abertura da temporada de nomes à disposição do eleitor ribeirão-pirense.
Cerca de 12 horas após a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), na última terça-feira (13/09), dois nomes surgiram para essa lista. O primeiro foi de Guto Volpi (PL). O atual presidente da Câmara, e que será empossado prefeito interino, é considerado como o favorito dentro do grupo governista. Apesar de Clovis ter alertado para a possibilidade de indicação de um integrante do primeiro escalão para o pleito.
O segundo nome é de Amigão D’Orto. O socialista até tentou separar seu nome de Volpi para evitar uma eleição suplementar, mas tal fato não foi aceito pela Justiça Eleitoral. Sem participação na reunião com secretários, o agora ex-vice-prefeito acabou admitindo uma “surpresa” com a decisão de Volpi de não o apoiar, e assim planeja entrar como cabeça de chapa, inclusive com apoio do diretório estadual do PSB.
Federação
Outros dois nomes terão que travar uma luta interna diferente do que a política se acostumou. Flávia Dotto (PSDB) e Gabriel Roncon (Cidadania) também entram na lista. A ex-primeira-dama entra como representante do ex-prefeito Kiko Teixeira (PSDB) que a princípio teria dificuldades jurídicas para emplacar uma candidatura. O ex-vice-prefeito rompeu com Kiko, mudou de partido (antes estava no PTB) e conta com o apoio do deputado federal Alex Manente (Cidadania) para liderar o Paço Municipal.
A questão que deve ser resolvida entre os dois grupos está ligada a federação, a principal novidade das eleições deste ano. Diferente de uma coligação, que acaba assim que o pleito termina, a federação dura quatro anos, ou seja, os partidos obrigatoriamente ficam unidos até 2026. Com tal cenário, PSDB e Cidadania terão que remar para o mesmo lado, independente das diferenças que surgiram após o fim da gestão de Teixeira.
Oposição
Para o PT, a saída de Volpi foi um misto de emoções, como deixaram claro a presidente municipal do partido, Fernanda Henrique, a vereadora Márcia Coletivo de Mulheres e a candidata a vice na chapa petista de 2020, Jacque Cipriany, que não escondeu as lágrimas em um vídeo divulgado pela legenda, principalmente levando em conta a insistência de Felipe Magalhães, cabeça de chapa, em entrar na Justiça para mostrar de Volpi estava impedido. O educador acabou falecendo em abril de 2021. A legenda ainda não se posicionou sobre um possível nome para a disputa local.
Outro partido que se colocou à disposição é o Republicanos com o nome de Leamdro João.
Datas
Da mesma forma que se aguarda a posse de Guto Volpi para o mandato interino, a política de Ribeirão Pires aguarda a decisão sobre quando ocorrerá a eleição suplementar. Segundo o calendário do TSE, ainda há duas datas para este ano, 27 de novembro e 11 de dezembro.
Caso não ocorra neste ano, a próxima data será em fevereiro de 2023. Apesar da mudança de ano, Guto seguirá no mandato interino, pois foi reeleito presidente da Câmara na eleição antecipada para essa quinta-feira (15/09).
(Informações: Carlos Carvalho e Leandro Amaral)