O Dia do Parto Normal, celebrado desde 2019 no dia 29 de setembro, tem como objetivo informar e conscientizar as pessoas para a realização de um parto e nascimento com respeito e sem tabus. Em entrevista ao RDtv, a psicóloga obstétrica-perinatal, mãe da Clara Liz e idealizadora da Casita, Carla Capuano, explica que a data surge com intuito de esclarecer dúvidas e auxiliar aquelas mulheres que ainda são enganadas no que se refere ao parto normal e humanizado.
Segundo Carla, a primeira opção do parto de 70% das mulheres grávidas é o humanizado (normal), mas na rede privada, apenas 15% das mulheres realizam o parto comum sem ter a “necessidade” de uma cesárea. “É necessário ter profissionais engajados, para que chegue a informação correta para a gestante. Por isso criamos este dia, para aquelas mulheres que querem ter um parto normal e humanizado entendam do que ele se trata”, expõe.
Ao ser questionada sobre o porque desta resistência para o parto humanizado, a idealizadora do Casita afirma que existe um estigma de que o parto era, necessariamente, feito em casa, seja na água ou natural (sem o uso de anestésicos). “Se fossemos definir o parto humanizado de maneira simples, seria um parto com respeito, independentemente da via de parto”, explicita.
Clara conta ainda que na década de 80, existiu o boom das cesáreas, onde muitas mulheres faziam a cirurgia desnecessariamente, então existiu um movimento para trazer algo mais natural e fisiológico que, segundo ela, é o que o parto representa. “O parto não precisa ser um ato médico, inclusive existem países como a Austrália, em que não é a figura do médico que vai prestar esta assistência na gravidez de uma mulher”, afirma.