Uma série de parques e praças da região do ABC se tornaram alvo de reclamações de pais, avós e crianças por conta da falta de equipamentos de lazer para os pequenos. O Parque Oriental, em Ribeirão Pires, é um dos maiores foco de protesto dos moradores após a retirada dos brinquedos do local.
Nas redes sociais, Naira Decieri expressa indignação com o desperdício do grande espaço de turismo e lazer da cidade. “Não tem absolutamente nada para a criançada brincar. Alguns brinquedos foram retirados, além de um viveiro com alguns pássaros. Poderia se tornar um lugar tão legal de lazer, colocarem lanchonetes , um milhão de coisas já que o parque tem espaço para isto”, reforça.
A Prefeitura de Ribeirão Pires explica que o playground do Parque Oriental foi desativado porque não atendia às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e podia causar alguma lesão nas crianças. “Abrimos processo para aquisição de novos brinquedos e, em breve, um novo playground será montado no parque. Os novos brinquedos serão mais modernos, seguros e dentro das normas da ABNT”, informa.
Lucia Margarida, moradora de São Bernardo, reclama sobre a falta de equipamentos em uma pequena praça localizada na rua João Cavinato, no Centro. De acordo com a munícipe, a praça tem apenas um banco. “Nesta região, moram muitas crianças e idosos e, sem os brinquedos e sem os bancos, nem as crianças e nem os mais velhos podem aproveitar o belo espaço arborizado aqui”, diz.
Praça na rua Cavinato
A Prefeitura de São Bernardo não se manifestou a respeito da praça. Apenas informou que foi responsável pela criação de programas que revitalizam espaços ociosos e degradados da cidade e os transformam em áreas de lazer e prática de esportes, como as Praças-Parque e as Arenas-Parque. Diz que neste ano foram investidos R$ 250 mil na aquisição de equipamentos de lazer para crianças. Em 2021, foram R$ 120 mil. O orçamento estimado para manutenção de praças e parques em 2022 é de R$ 500 mil, o mesmo de 2021. “Entre os brinquedos destinados às crianças estão balanços, gangorras, gira-gira, escorregador, entre outros. Atualmente a cidade possui 55 Praças-Parque e 23 Arenas Parques”, diz.
Investimento nas cidades
Diadema busca parceiros na iniciativa privada para fazer frente às demandas por mais e melhores áreas de lazer para crianças. Enquanto isso, viabiliza verbas próprias e de emendas parlamentares para investimentos no setor. “Para aqueles que possuem reclamações, desde agosto, o munícipe de Diadema tem à disposição o aplicativo Colab, no qual pode registrar reclamações e sugestões à Administração, o app está disponível para os sistemas Android e iOS”, expõe.
Santo André não possui orçamento específico para manutenção dos equipamentos de lazer, cuja conservação é feita pela equipe de parques. Como fonte de recurso para eventuais consertos tem, como contrapartida, os alugueis de food trucks. A Prefeitura cuida de nove parques e uma unidade de conservação na Vila de Paranapiacaba. “Para o lazer e brincadeiras das crianças, os espaços possuem brinquedos como gangorra, balança e gira-gira. De forma geral, a Prefeitura não tem recebido recebido reclamações ou solicitações para instalação de novos brinquedos. Quando há algum pedido nesse sentido, equipes vão ao local para avaliar a solicitação e iniciam estudos técnicos para eventual instalação de equipamentos”, diz.
São Caetano apenas informou que em todas as Praças da Família (Nipo Brasileira – Bairro São José; Praça Itália – Fundação; Praça Salete Cicarone – Santa Maria; Praça Faria Lima – Santa Maria e Praça Adauto Moreira – Jardim São Caetano) existem equipamentos/ brinquedos voltados para crianças. A cidade possui, ainda, oito parques.
Mauá e Rio Grande da Serra não se manifestaram até o fechamento desta reportagem.