ABC - segunda-feira , 13 de maio de 2024

Prefeitos do PSDB no ABC entram no compasso de espera por 2º turno

Auricchio, Morando e Serra seguem em compasso de espera (Foto: Divulgação)

Após de 28 anos de protagonismo em São Paulo, o PSDB está fora do segundo turno pelo Governo do Estado e ao mesmo tempo se vê fora da mesma etapa na disputa pela Presidência pela segunda vez consecutiva. Sem representação na disputa de 30 de outubro, os tucanos aguardam para entender as próximas movimentações. Prefeitos do ABC buscam entender quais serão os próximos passos do partido.

Para o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), a disputa paulista “contrariou todas as pesquisas” e que o resultado deve ser respeitado. “Agora é fazer uma reflexão junto com o nosso grupo político, junto com vereadores, junto com a administração, junto com a região. Escutar a orientação partidária estadual para que tenhamos um conjunto pensando no coletivo do partido. Acho que o partido passa por um stress muito grande e se tiver mais fragmentações é condená-lo a uma dificuldade maior do que ele vai ter que enfrentar”, falou.

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Internamente existe um dilema para Auricchio. O médico é muito próximo de Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Porém, vive em um município que deu ampla margem de votos para os candidatos apoiados por Jair Bolsonaro (PL) e ao próprio presidente.

O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), declarou no último domingo (02/10) que teria problemas para apoiar as candidaturas petistas, porém, não indicou se iria para a base bolsonarista na eleição ou se simplesmente declararia sua neutralidade. Enquanto aguarda, o andreense lamenta a decisão do partido de não ter candidatura própria para presidente.

“Foi um equívoco o PSDB não ter candidato a presidente da República, esse foi o grande equívoco. E aí não se trata só de nomes, Eduardo (Leite) e João (Doria), deveria ter tido um dos dois. Claro que defendemos o Eduardo, pois entendíamos que ele tinha a menor rejeição, que era mais competitivo, um candidato mais jovem e com um frescor diferente para colocar o PSDB como protagonista, e quebrar essa polarização”, explicou.

No caso do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), o caminho é parecido com Serra. O tucano tem o PT como seu principal adversário político na cidade. Em 2018, seguiu João Doria (PSDB) no chamado “BolsoDoria” contra Márcio França (PSB) e Fernando Haddad (PT). Porém, também seguiu o ex-governador quando houve o rompimento. Agora busca garantias para que a cidade receba os investimentos de quem vencer.

“O nosso candidato que vocês ajudaram, que vocês trabalharam, não conseguiu ir para o segundo turno que é o Rodrigo Garcia. Aquele que nós iremos apoiar, primeiro será discutido com esse grupo. E antes de mais nada, para ter o nosso apoio ele terá que assinar os compromissos que a cidade de São Bernardo precisa”, disse Orlando em discurso para apoiadores.

Demais prefeitos

Nas outras quatro cidades os movimentos serão tendem a ser mais naturais. Com governos petistas, não haverá problemas para que José de Filippi Jr e Marcelo Oliveira coloquem Diadema e Mauá ainda mais na base de Lula e Haddad. Em Ribeirão, Guto Volpi (PL) pode seguir seu partido no apoio para Bolsonaro, até aproveitando a exposição de seu partido pensando na disputa suplementar na cidade. E em Rio Grande da Serra, Penha Fumagalli (PTB) tende a ficar mais neutra.

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