Até 2014 como o principal antagonista ao PT no Brasil, o PSDB vive um momento de divisão entre o grupo que quer apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os que apontam para a neutralidade. Tal situação está incomodando o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), que afirmou que o partido precisa passar por uma reconstrução após as eleições e que quer ajudar neste cenário.
“É um momento triste para o partido. Eu lamento esse equívoco partidário que começou lá na disputa das prévias. Nós tivemos até uma posição contrária ao partido no Estado de São Paulo ao defender a candidatura do Eduardo leite, porque nós tínhamos uma convicção de que a candidatura do Eduardo era a única competitiva, a ponto de fazer com que o PSDB desse uma alternativa ao Brasil e sair dessa polarização que não é boa para o País”, explicou Serra.
Na última terça-feira (04/10), o tucanato viu o governador Rodrigo Garcia declarar apoio para Jair Bolsonaro (PL), inclusive com discurso ao lado do presidente. Enquanto isso o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José Serra declararam apoio para Lula (Serra declarou que votará em Tarcísio Gomes de Freitas – Republicanos – para o Governo do Estado).
Além disso, o partido sofre para decidir como buscará apoio no Rio Grande do Sul. Eduardo Leite enfrentará no segundo turno o ex-ministro de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (PL), que saiu na frente com uma margem de mais de 600 mil votos. Para o tucano restaria buscar apoio com a esquerda, o que pode gerar outro problema interno ao partido.
Paulo Serra espera que após o segundo turno, que será disputado em 30 de outubro, o tucanato realize uma forte reflexão sobre o seu futuro e afirmou que não vai sair da legenda, pois pretende ajudar nessa reconstrução.
(Informações: Leandro Amaral)