Moradores de Ribeirão Pires voltaram a reclamar nesta semana sobre os animais desabrigados na região central que têm atacado pedestres e motoristas que circulam pela região. Contatada, a Prefeitura não confirmou a informação.
Kelly de Araujo Bicudo Guariento, moradora da região, relata que seu filho de três anos foi atacado na rodoviária há cerca de um mês. “Eram três cães no dia, dois pretos e um marrom. Latiam muito e foram para cima do meu filho, por sorte um rapaz me ajudou e o menino não foi mordido”, aponta a mãe.
Ainda de acordo com a munícipe, essa não é a primeira vez que esse tipo de situação ocorre no local. “Indiferente dos cães serem vacinados pela Prefeitura ou não, alguma providência precisa ser adotada. Agora vamos ficar arriscando as crianças, idosos e até mesmo a gente?”, questiona, ao ressaltar que não deseja que maltratem os bichos, mas quer solução para o problema.
Outra residente, que preferiu não se identificar, se demonstra insatisfeita com o serviço público em relação aos animais. “Levantam a bandeira de serem animais comunitários mas não cuidam. Onde esses responsáveis estão nessas situações? Quem fez a promessa que se apresente e cuide”, opina.
Através das redes sociais, outros internautas se queixam do serviço prestado pela Prefeitura no que se diz respeito ao cuidado com os animais e aos ataques dos cães. “Todo dia alguém é atacado e ninguém abre a boca sobre o assunto, nem autoridades e nem protetores”, diz um internauta.
Os residentes apontam, ainda, além dos cães, principalmente na região do Terminal Rodoviário, há população em situação de rua. “Um problema puxa outro. Temos que olhar com uma visão mais ampla, enquanto não se resolver a questão da quantidade de moradores desabrigados que ali se encontram, os cães também não vão parar de aparecer”, comenta outro internauta.
Em nota, a administração admite haver mais de um cachorro desabrigado na região central da cidade, mas declara que os animais recebem cuidados veterinários como vacinação anual, anti-parasitário e castração, com intuito de evitar reprodução uns entre os outros e proliferação de doenças zoonóticas. Além disso, os cães também recebe alimentação por parte dos moradores.
A orientação caso algum munícipe seja atacado por algum cachorro é procurar o atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Luzia, e informar o médico responsável sobre o ataque. “É importante o laudo médico, pois é um documento que atesta o ocorrido e justifica a intervenção por parte do Centro de Controle de Zoonoses, que tem a atribuição de monitorar animais considerados de força”, anuncia a nota.