ABC - sexta-feira , 17 de maio de 2024

Após dois meses de queda, preço da cesta básica aumenta 2% em outubro

A cesta básica ficou mais cara em outubro, após dois meses consecutivos de queda no ABC. O engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá de Benedeto, afirma que, ao analisar os 34 produtos que compõem o consumo estipulado de uma família, com dois adultos e duas crianças durante 30 dias, foi possível notar um crescimento de 1,69% no preço da cesta, equivalente a cerca de R$ 18 a mais em relação ao mês anterior.

Em entrevista ao RDtv, Vezzá esclarece que após bater o recorde de R$ 1.141,01 em julho, o valor da cesta básica em outubro foi de R$ 1.101,72. “De vilões, temos o tomate, com 41,45% de aumento no preço; e a batata, que ficou 26,32% mais cara. Os itens de hortifruti, de uma maneira geral, oscilam bastante de preço por conta de vários fatores ”, diz.

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Vezzá explicita que o aumento no preço de legumes, verduras e frutas envolve uma série de razões, principalmente o clima. Os custos de produção, que integram a plantação das sementes, preço dos fertilizantes e pesticidas, o transporte são grandes influenciadores no preço, mas o clima é o principal. “Como tivemos bastante chuva e ventos fortes e, o tomate e a batata sofrem muito com este clima, eles puxaram o aumento”, expõe.

Na cesta a queda mais significativa em outubro foi a do preço da margarina, por se tratar de um produto comum no dia-a-dia de todos os brasileiros. O produto teve um recuo de 10,96%, custou em média R$ 6,75 em outubro. “Em setembro, ele estava na faixa dos R$ 7,58 e, fico muito feliz com esta queda, porque um produto muito presente nos cafés da manhã dos brasileiros está mais acessível ”, afirma.

A pesquisa é feita em grandes redes de supermercados da região, exceto os atacados. “Avaliamos os preços na Coop, no Carrefour, no Sonda, no Nagumo, no Joanin e no Extra. Apesar dos bons preços dos ‘atacarejos’, não utilizamos eles na pesquisa  já que buscamos por preços pela mesma quantidade de produto nos locais pesquisados ”, acrescenta Vezzá.

O tomate, com 41,45% de aumento no preço; e a batata, ficou 26,32% mais cara. Os itens de hortifruti, de uma maneira geral, oscilam bastante de preço

Sobre as previsões para novembro e dezembro, a expectativa é de mais aumento de preços por conta das festas de final de ano. “Historicamente, o final do ano não é uma boa época para baixos preços por conta do clima e o pagamento do décimo terceiro salário que faz com que a demanda aumente um pouco e não são feitas muitas promoções”, afirma.

O agrônomo explica, ainda, que a fase que o País se encontra ajuda a favorecer na alta dos preços em todos os setores. “A questão do fornecimento de energia estar mais caro e a implicação da guerra da Ucrânia e até as eleições contribuem para que os insumos tenham uma piora nos preços, mas continuamos tendo esperança de que as coisas vão melhorar e o valor da cesta básica continuará em queda”, completa.

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