No último mês o número de casos de covid-19 subiu. Na região metropolitana de São Paulo, o número de internações já chega perto da metade dos leitos disponíveis. Em UTIs, 46,9% dos leitos estão com pacientes e em enfermarias a ocupação é de 47,7%. No ABC os números mostram que a região segue o mesmo ritmo e as prefeituras já recomendam o uso de máscara para os mais idosos e os que têm comorbidades. Associações médicas também pregam a necessidade da proteção facial para os mais vulneráveis. Na quinta-feira (17/11) os prefeitos do ABC se reúnem no Consórcio Intermunicipal e os protocolos de combate à covid, estão na ordem do dia.
Na última sexta-feira a Associação Médica Brasileira, por meio do CEM Covid (Comitê Extraordinário de Monitoramento da covid-19), emitiu boletim de alerta para o aumento do número de casos do novo coronavírus no país, endossando Nota Técnica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) sobre o cenário da doença no Brasil. Uma das medidas consideradas indispensáveis pela AMB é o uso de máscaras e o distanciamento social, evitando-se aglomerações principalmente das pessoas mais vulneráveis como idosos e imunossuprimidos. A AMB também sugere o reforço das campanhas de vacinação e a liberação de medicamentos comprovados para o combate à doença. “A AMB reforça solicitação feita pela Sociedade Brasileira de Infectologia para que o Ministério da Saúde, CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) e ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deem atenção especial para as medidas sugeridas com brevidade, objetivando otimizar as tecnologias de prevenção e tratamento já disponíveis, colaborando para o enfrentamento da situação atual e reduzindo a chance de um possível impacto futuro de óbitos e superlotação dos serviços de saúde públicos e privados por casos graves de covid-19″, informou a AMB em seu boletim.
Em todo o Estado, segundo a Secretaria de Saúde, 1.766 pessoas estão internadas, e a média dos últimos sete dias é de 1.931 casos confirmados. A secretaria informou ainda que 96,2% da população está com o esquema vacinal completo, mesmo assim 9 milhões de pessoas ainda não tomaram nem a primeira dose da vacina e 7 milhões não tomaram a segunda.
ABC
Santo André, segundo os boletins diários, tinha em 14 de outubro 7 pacientes internados e uma taxa de ocupação de 2,11%, incluindo os números dos hospitais públicos e privados da cidade. Um mês depois, segundo o último boletim que data do dia 11 (sexta-feira), o número de internações já era de 20 pessoas, quase três vezes maior do que a do mês anterior. A taxa de ocupação subiu para 6,04%.
A Prefeitura de São Bernardo informou que na última sexta-feira (11/11) dez leitos de covid-19 estavam ocupados, sendo oito de enfermaria e dois de UTI. No dia 31 de agosto, ou seja, há pouco mais de dois meses eram apenas três internações. “Mesmo passado o período mais crítico da pandemia, a administração manteve ala com leitos exclusivos para tratamento de pacientes diagnosticados com a doença no Hospital Anchieta. A administração acompanha constantemente os índices de contaminação para avaliar eventuais medidas de contenção”, diz nota da prefeitura. Em 14 de outubro a cidade não registrava nenhum caso confirmado de covid-19 em intervalo de 7 dias. No último boletim, do dia 11, menos de um mês depois, 399 casos foram diagnosticados em sete dias. O total de outubro foi de 288 casos e novembro que está só na primeira metade, já soma 516 diagnósticos positivos.
Em São Caetano a variação do número de casos foi de 693% em 14 dias, segundo o último boletim divulgado no dia 11/11. O mesmo boletim mostrava 65 casos diagnosticados no dia e uma média de 32,9 casos na média de sete dias. A ocupação da UTI para covid-19 estava em 20% e um óbito fora registrado na data. Os números são bem diferentes do dia 11/10 quando não havia ninguém internado na UTI, apenas um caso confirmado naquele dia. A taxa de positividade em São Caetano passou de 5% para 24%.
A prefeitura de Diadema usa dados que têm pelo menos dez dias de atraso. O município divulga boletins apenas semanalmente e foi a única cidade que, no intervalo de tempo informado, não teve alta de casos. De acordo com o último boletim, divulgado no dia 7/11 com dados colhidos até o dia 04/11 a cidade não tinha nenhum paciente internado com covid-19 nos leitos sob gestão municipal. Igualmente em 14 de outubro, também não havia pacientes internados. “A Prefeitura de Diadema aproveita para alertar que a pandemia não acabou e que é importante manter os cuidados de prevenção como higienização das mãos, uso das máscaras de proteção facial especialmente por pessoas com sintomas respiratórios e, principalmente, manter o esquema vacinal em dia, incluindo as doses de reforço”, informou o paço diademense, em nota.
Em Mauá há um mês (dia 14/10) não havia pacientes internados com covid-19 e naquele dia 3 pessoas foram diagnosticadas com a doença. No último boletim de 11/11 duas pessoas estavam internadas e o número de diagnósticos fechados estava em 48. Em virtude do ponto facultativo nesta segunda-feira, as demais cidades da região não informaram. Elas devem divulgar novos boletins ainda esta semana.