É perceptível a redução de animais abandonados na Vila de Paranapiacaba, em Santo André. Em 2022, mais de 60 castrações foram realizadas no subdistrito, além da instalação de câmeras de monitoramento conectadas à Guarda Civil Municipal, e ações de conscientização com a população. Mas na contramão, a gestão de proteção aos animais na vila enfrenta agora novo desafio, o aumento de até 30% de animais abandonados neste período de festas. O comentário é de Eric Lamarca, presidente da Comissão Eleitoral do Conselho Gestor de Proteção dos Animais de Santo André, em entrevista ao RDtv.
Atuante em Paranapiacaba, Eric Lamarca lembra que o abandono de animais não acontece somente naquela região. “Toda área de manancial urbana enfrenta o problema e isso está ligado ao período de férias e festas, quando as pessoas viajam e largam os pets ou deixam para os vizinhos cuidarem, e por crueldade abandonam os bichinhos”, comenta.
Assim, temas como castração, posse responsável, saúde e abandono de animais são pautas permanentes do Conselho Gestor. O órgão é composto por servidores públicos da Prefeitura e representantes da sociedade civil. Regulamentado no final de 2019, o conselho tem atribuições de promover e supervisionar a execução de programas, bem como gerir recursos financeiros e doações.
No último dia 20 de dezembro, Santo André realizou a primeira eleição para escolher um representante da sociedade civil para integrar o Conselho. Rubens Lopes de Oliveira foi eleito para o biênio 2023/2024, ao lado de Elisangela Cristina Zandoná Leone e Sandra Regina da Cunha – escolhidas como primeira e segunda suplentes respectivamente. A posse deverá ocorrer na segunda quinzena de janeiro de 2023. “Embora tivesse apenas uma vaga, a comissão eleitoral decidiu que os três poderiam participar”, explica Eric Lamarca.
O Conselho é composto pelo secretário de Meio Ambiente, Fabio Picarelli; pelo diretor do Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal, Evandro Rosa; um representante da Secretaria da Saúde; um representante da Secretaria de Gestão Financeira; e representantes da sociedade civil com atuação reconhecida na proteção dos animais. “Esse departamento é um importante marco na política de proteção animal do município porque cria uma política especifica para o bem estar animal, desvinculada da política sanitária que permitia a carrocinha”, diz Eric.