O temporal que caiu na tarde desta quinta-feira (23/02) em Diadema causou alagamentos e enchentes em diversas avenidas, principalmente na região central. Segundo o pluviômetro do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastras Naturais), instalado no Centro do município, nas últimas 24 horas houve o acúmulo de 42,38mm.
O principal ponto de enchentes foi a avenida São José, próxima ao Terminal Diadema, da EMTU (Empresa Metropolitano de Transportes Urbanos, e também a Praça Castelo Branco, uma das principais referências do Centro. Em vídeos divulgados pelas redes sociais, moradores registraram a água que estava na altura das lanternas dos carros. Um dos principais centros comerciais de Diadema, todas as lojas fecharam e levantaram suas barreiras para que a inundação não invadisse o comércio.
Também foram registrados alagamentos na avenida Ulysses Guimarães, na avenida Casa Grande e no Corredor ABD. Apesar da tempestade registrar um pico por volta das 15h, o pluviômetro Centro, em Diadema, registrou o maior volume de chuvas às 17h10 com 16,21mm. 10 minutos antes o valor registrado foi de 5,51 mm.
Alagamento
A jornalista Bianca Araújo, que mora na região da avenida Alda, também no Centro, relatou para a reportagem que sua casa ficou alagada devido ao temporal, algo que não foi a primeira vez que ocorreu neste ano. “Foi horrível. No sábado tinha alagado aqui, tinha alagado o quintal e do quintal passou para a sala. Só que hoje alagou a casa inteira. O único lugar que não entrou (água), e quase entrou quando estava acabando a chuva, foi na cozinha”.
“O problema está no bueiro, é o esgoto mesmo de Diadema que tem alguma coisa estranha, porque a água da chuva não está descendo, não tá descendo a água para o ralo. O quintal enche de água e aí começa a entrar na casa, uma coisa horrível”, segue.
Bianca relatou outro medo, o de desabamento de sua residência, principalmente levando em conta que sua casa é mais baixa do que a residência vizinha. A munícipe entrou em contato com a Prefeitura pedindo ajuda e foi encaminhada para a Defesa Civil, que abriu um chamado sobre o problema em questão. Ainda não há uma previsão sobre o atendimento presencial.
Durante a sessão ordinária da Câmara, vereadores governistas e oposicionistas pediram maior empenho do Governo Municipal para a limpeza de boca de lobo e obras de drenagem.