Ribeirão Pires vai instalar sirenes de emergência em 6 pontos de alagamento e deslizamento de terra

Ribeirão Pires deverá implementar até dezembro sirenes de alerta em seis pontos vulneráveis da cidade, como de alagamentos e deslizamentos de terra. Fornecidos por empresa de Uberlândia (MG), os dispositivos serão alimentados a base de energia solar e o sistema de alarme sonoro poderá ser ouvido até cinco quilômetros de distância. O projeto inicial prevê a distribuição na área central, próximo a escolas, UBSs (unidades básicas de saúde), igrejas e da GCM (Guarda Civil Municipal). A população também receberá alertas da Defesa Civil, via SMS, e notificações serão publicadas nas redes socais. A informação é do tenente Celso Machado Lopes, diretor da Defesa Civil do município.

A ideia é se antecipar ao projeto do governo do Estado, de instalar sirenes em cidades com pontos vulneráveis a desastres naturais.

Em entrevista ao RDtv, o tenente Machado diz que é um projeto muito importante, mas que necessita da instrução da população antes de ser colocado em prática. Daqui a alguns meses, o procedimento será amplamente divulgado no município, inclusive em escolas, bairros e igrejas. “Será um sistema bem moderno e eficiente, e Ribeirão Pires será uma das pioneiras no ABC a ter essa tecnologia”, comenta.

Durante o período de chuvas e risco iminente para alagamentos, enchentes e deslizamentos, o tenente Celso Machado Lopes deixa algumas recomendações para a população sobre quais cuidados tomar. Tenente Machado alerta para que, em hipótese alguma, as pessoas tentem atravessar locais de alagamento – a pé ou de carro, principalmente porque o carro pode apresentar pane.

A orientação é procurar locais altos, e, em caso de perigo retirar primeiramente crianças, idosos e deficientes do veículo. “Evite ficar dentro do carro durante fortes chuvas, principalmente se a água começa a entrar no veículo, porque ela sobe muito rápido”, recomenda. “Neste caso é melhor sair pela janela e sentar no teto do carro, enquanto aguarda pelo socorro”, diz.

Se a pessoa estiver a pé no momento do temporal deve sempre caminhar na calçada, próxima a portões, onde poderá segurar caso necessário. Nesse tipo de situação, os números de emergência são 199 para Defesa Civil e 193 para os Bombeiros. Outra recomendação é que, ao menor sinal de chuva forte, os moradores de áreas de risco devem deixar as residências e buscar abrigo em local seguro. “Não adianta tentar tirar a água com rodo ou balde”, alerta.

Outras dicas são sobre os sinais de perigo dentro das residências. Segundo o diretor da Defesa Civil, infiltrações, paredes úmidas, muro da casa pressionado por terra, rachaduras e trincas nas paredes e colunas e vigas deterioradas indicam que o local pode estar em perigo. “As pessoas sempre devem observar esses sinais”, alerta.

Durante o período de chuvas, a Defesa Civil de Ribeirão Pires tem percorrido o município e realizado vistorias em pontos de alagamento e enchentes. Também realiza a fiscalização de construções irregulares e monitoramento dessas áreas de risco. “Recebemos inúmeras denúncias de vizinhos sobre construções irregulares”, conta. Após ser constatado o risco real, o caso é encaminhado pela Defesa Civil à Secretaria de Obras e Infraestrutura ou Secretaria de Meio Ambiente do município. “Porém, se houver risco iminente realizamos a desocupação e interdição do local”, enfatiza.

Ações de prevenção
Na época de estiagem, a Defesa Civil realizou ações de vistoria no município, como limpeza de córregos, drenagem, além de orientar a população para não jogar lixo e entulhos nas margens de rios e córregos. “Graças a esse planejamento, não tivemos nenhuma situação mais grave em nossa cidade”, diz. “Ribeirão Pires foi bem preparada para esta época de chuvas”, afirma o tenente que aconselha outros municípios a seguirem o caminho.