Psiquiatria integrativa une terapias complementares com a convencional

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A chamada medicina integrativa nada mais é do que uma prática, e não uma especialidade, que alia práticas da medicina convencional, com outras abordagens. No Brasil essa prática foi normatizada, e hoje é uma política do Ministério da Saúde. Na psiquiatra, quem mais se beneficia com a abordagem integrativa são pacientes com dificuldade em tomar medicação convencional, ou que simplesmente deseja reduzir a dosagem do medicamento.

Em entrevista ao RDtv, o psiquiatra Cyro Masci cita jovens introvertidos e indivíduos que sofreram algum trauma, como crise de ansiedade, pânico e abuso emocional ou sexual. A OMS (Organização Mundial da Saúde) mostra que dos 179 países integrantes, 98 desenvolvem políticas nacionais com a medicina integrativa.

Essa prática une psicoterapia, medicamentos e uma abordagem corporal. “Porque o corpo influencia a mente”, afirma. “É o profissional que deve se adaptar às necessidades do paciente, não o paciente se adaptar à bula”, diz. Para o especialista, o grande mérito da Medicina Integrativa é o respeito ao indivíduo.

Além de alopatia, o médico também trabalha com medicamentos fitoterápicos e homeopáticos. “Se eu puder utilizar uma abordagem com menos efeitos colaterais, por que não fazê-lo?”, questiona.

Ansiedade

Segundo Cyro Masci, estudos recentes indicam que o Brasil lidera o ranking de países com pessoas com transtorno de ansiedade. O sofrimento emocional tem crescido exponencialmente.

No caso da ansiedade, se não for tratada adequadamente vira depressão. “A ansiedade não está sendo abordada como deveria”, alerta Masci. “Nos próximos anos podemos esperar uma pandemia de ansiedade”. Para Cyro, é necessário que existam mais equipamentos de saúde mental à disposição da população, assim como ações preventivas, médicos e psicólogos.