Diadema lança o Observatório da Segurança Escolar

A Prefeitura de Diadema lançou nesta quinta-feira (20/04) o Observatório de Segurança Escolar. A ideia é unir pais, alunos, professores, demais profissionais da Educação e diversas secretarias para realização de ações em prol da Cultura de Paz e o combate às ações violentas. O programa será permanente e será aliado ao projeto Escola Que Protege, existente desde 2021.

As secretarias de Educação e de Segurança Cidadã vão capitanear o novo projeto, mas também terão o auxílio das pastas de Saúde, Esporte e Lazer, Cultura, e Assistência Social e Cidadania. Encontros mensais vão acontecer em algumas escolas que serão os pontos centrais de cada região: Emeb Tiradentes, no Serraria; Emeb Atila Ferreira Vaz, no Eldorado; Emeb Devanir José de Carvalho, no Jardim Santa Elizabeth; e a Emeb Jorge Amado, no Taboão.

“É um fórum permanente envolvendo todas as secretarias sociais do governo, mas também os pais, professores, os alunos e as escolas dessa região, para a gente discutir os problemas relacionais a segurança, diagnósticos sobre as situações de cada uma dessas escolas e juntos nós construirmos novas propostas para cada vez mais melhorar a segurança das escolas e construir a cada dia uma Cultura de Paz”, disse o Benedito Mariano, secretário de Segurança Cidadã.

O chefe da pasta chegou a relatar que houve uma ameaça pelas redes sociais contra as escolas de Diadema. O autor da ameaça foi identificado e um mandado de prisão foi emitido. Existe uma dúvida se o autor da ameaça é morador de Diadema ou se é habitante da Baixada Santista. Mas tal foi usado de exemplo para que as pessoas não compartilhem essas ameaças e que denunciam prontamente esses crimes para as autoridades policiais.

Segundo a Prefeitura, as 60 escolas municipais contam com monitoramento 24 horas por câmeras de vídeo e outras ações serão realizadas para melhorar detalhadamente a infraestrutura de segurança em cada unidade. O prefeito José de Filippi Jr (PT) anunciou que pediu o investimento de R$ 980 mil ao Governo Federal para a compra de veículos para a Guarda Civil Municipal (GCM) e a instalação de mais pontos de vídeomonitoramento, além de garantir que em agosto outros 100 GCMs estarão disponíveis na cidade.

Educação

A participação de alunos já iniciou antes mesmo do lançamento do programa. Todos participaram de uma dinâmica em que apontavam quais eram os pontos de violência em casa, na escola e no bairro em que vivem. Em casa a principal reclamação foi sobre a briga dos alunos e o uso de violência verbal. Nas escolas foram apontadas a gritaria e o bullying. Nos bairros, o problema visto pelas crianças está com os vizinhos e o som alto que gera incomodo.

“Essas coisas que estão acontecendo nas escolas são coisas muito ruins e a gente tem que lutar contra isso. A gente não é da violência, nós somos da paz”, disse o aluno Malcon, de 9 anos, durante o evento na Emeb Tiradentes.

“A gente vê hoje muitos pais preocupados e a gente fazendo parte do Conselho a gente traz para a porta da escola, na hora da saída, uma segurança para esses pais que não tem o convívio no dia a dia com a organização da escola. Então para a gente hoje é um momento muito importante para a comunidade”, descreveu Alessandra Vecchi, mãe de aluna e conselheira escolar.

A secretária de Educação, Ana Lucia Sanches, ressaltou que o Observatório será integrado ao programa Escola Que Protege, que conta com ações psicossociais, de Cultura de Paz e de maior segurança nas escolas.

“Nosso propósito começou em 2021 com o Escola Que Protegem isso é genuíno, isso é sério. Nós temos feito cuidados com as nossas assistentes sociais e psicológicas, com os psicólogos, com esse trabalho descentralizado, sério, de acompanhamento de frequência escolar”, explicou a secretária que destacou a busca ativa aos alunos que faltam por dois ou três dias seguidos.

“Nós vamos ter um aprendizado tanto do ponto de vista pedagógico, de aperfeiçoar esse monitoramento que é essencial. O monitoramento da presença escolar e o que tem relacionamento com o assunto de prevenção à violência, se o vídeo está funcionando. Então as duas secretarias (Educação e Segurança Cidadã) centralizam as informações dessa base”, concluiu o prefeito.