A hipertensão é uma doença silenciosa, que atinge grande parte da população e pode ter consequências graves quando não tratada adequadamente. Cerca de 30% dos brasileiros são hipertensos, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Os sintomas mais frequentes são dores na região da nuca, mas o paciente também pode relatar aumento da frequência cardíaca, mal estar no peito, sensação de tontura etc.
É considerada uma pessoa hipertensa quem registra pressão persistente acima de 14,9, uma vez que o valor normal é 12,8. “Pessoas a partir dos 35 anos devem estar atentas a pressão”, afirma Jeffer Luiz de Morais, cardiologista do Hospital Christovão da Gama, em Santo André, em entrevista ao RDtv.
Segundo o médico, os principais fatores que levam à hipertensão são o hereditário e aqueles ligados ao estilo de vida, como obesidade, tabagismo, sedentarismo e estresse. A doença acomete homens e mulheres, na mesma proporção. Porém é mais intensa na raça negra. Pessoas com histórico familiar de hipertensos e derrame também devem começar a prevenção desde cedo, iniciar check-up a partir dos 15 anos. “A mudança de hábitos e estilo de vida podem atenuar o quadro”, afirma.
Algumas consequências da hipertensão são infarto, insuficiências cardíaca e renal, derrames e aneurisma de aorta. Porém, a prevalência é de AVC (acidente vascular cerebral) e infarto. O cardiologista explica que apenas 50% dos hipertensos têm consciência da doença. Da outra metade, apenas 30% realiza o controle adequado. “Hoje as pessoas estão despertando mais para o controle e conscientização da hipertensão”, diz.
Outra forma destacada pelo médico é a aferição da pressão em casa, com aparelhos portáteis. “Os aparelhos de braço são melhores que os de punho”, completa Jeffer Luiz de Morais, do Hospital Christovão da Gama. Assista a entrevista completa.