A Câmara de Ribeirão Pires instituiu há 15 dias a Comissão Especial de Proteção Escolar (CEPE), criada para debater ações que possam aumentar a segurança de alunos e educadores no município. Em entrevista ao RDtv nesta terça-feira (23/05), os vereadores Diogo Manera (PSDB) e Anderson Benevides (Avante) explicaram sobre o trabalho que será realizado, mas já apontam a necessidade de que o Poder Executivo tenha um comitê fixo que possa lidar diretamente com ações preventivas.
A visão inicial dos parlamentares tem como base algumas necessidades já vistas na cidade. Foi feito o pedido para que a Prefeitura aproveite o último concurso público vigente para que 16 novos agentes de segurança patrimonial sejam chamados e assim possam ficar nas escolas da cidade em tempo integral.
Outro ponto que chamou a atenção dos vereadores foi o número de atendimentos realizados no programa de Apoio Psicossocial Escolar (APSE). Até o momento foram realizados cerca de 1,2 mil acolhimentos, sendo em um pouco mais de 100 casos houve a necessidade de apoio do conselho tutelar.
“Estamos visando a interlocução de algumas secretarias da cidade, principalmente Educação, Segurança Púbica, Assistência Social e a própria Secretaria de Governo, justamente para que a gente passe transparência aos nossos munícipes, afinal a Câmara é o para-choque da sociedade”, resumiu Diogo que é o presidente da Comissão Especial.
“A intenção dessa comissão, é claro, é a proteção das nossas crianças e também dos profissionais de Educação. Tivemos algumas ocorrências dentro da região do ABC, mas nada concreto, então nos unimos para que a Câmara pudesse participar ativamente, junto ao Executivo, dessas ações de prevenção para que não ocorra nenhum incidente, nenhuma ocorrência na nossa cidade”, completou Anderson que está como membro da CEPE. O vereador Sargento Alan (PL) é o vice-presidente.
Entre as próximas etapas já acertadas para a Comissão está a visita às 33 escolas, principalmente visando conversas com alunos, educadores e os pais para entender a realidade e os problemas que foram apresentados. Deputados estaduais e o próprio Governo do Estado serão procurados, pois a preocupação também atinge as instituições da rede estadual.
A ideia é que durante o funcionamento da Comissão, propostas possam ser apresentadas em plenário, assim como já foi aprovada a criação do “botão do pânico” que será instalado nas escolas da rede municipal e visa avisar sobre possíveis ataques. Os vereadores também querem avaliar como está o vídeomonitoramento e o que ainda precisa evoluir sobre esse tema.