Pedestres que transitam na rua Senador Flaquer, 900, Centro, em Santo André, sofrem para atravessar as calçadas da região. Isso porque, segundo eles, motociclistas cortam a via nos dois lados em alta velocidade, por cima das calçadas, o que coloca em risco a vida das pessoas. Os pedestres alegam, ainda, que o Departamento de Engenharia de Tráfego (DET) está localizado a 500 metros do endereço e, ainda assim, não existe fiscalização.
Rodrigo Santos, 39, proprietário de um empório de carnes na região, relata que é muito prejudicado pelos motociclistas. “As pessoas evitam vir até a loja por medo dessas motos, eles passam muito rápido e próximo dos clientes, o que muitas vezes até afasta a fila de fregueses que tenho”, desabafa.
Uma moradora que não quis se identificar, explica que o transtorno é persistente e pode causar acidentes. “Esse problema é antigo, faz tempo que ocorre, mas em razão da falta de fiscalização, nada acontece”, comenta. Segundo ela, mesmo com a clara proibição, os motoqueiros não circulam na via pública, só andam pelas calçadas.
Andréa Weber, 40, professora de interpretação e diretora da Escola Nacional de Teatro, comenta que existe um perigo quando a moto sobe na calçada, e que já viu diversas situações acontecerem próximo da escola e de seus alunos. “Já presenciei quase acidentes, como um pai com uma filha que ao abrir a porta do carro acabaram derrapando uma motocicleta e então precisaram afastar as crianças. São essas situações que podem acontecer”, enfatiza.
A professora observa também um aumento no fluxo de veículos na rua. “Mesmo com a diminuição do tempo de semáforo, todo dia tem trânsito por aqui, e muitos carros e motos acabam passando”, relata. Andréia frisa, ainda, que os motociclistas utilizam a via como se fosse uma pista, e fazem barulho muito alto no local. “A região aqui é esquecida, tem infração de trânsito o tempo todo e ninguém vê. Gostaria de ter mais segurança para conseguir andar pelo bairro tranquilamente”, lembra.
Em nota, a Prefeitura de Santo André e o Departamento de Engenharia de Tráfego (DET) esclarecem que farão vistoria no local para verificar os apontamentos, e caso sejam constatados serão aplicadas as autuações pertinentes. Além disso, a Prefeitura frisa que a sede do DET não está localizada no local.