Após três anos a frente do Sintetra (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transportes Rodoviários e Anexos do Grande ABC), Leandro Mendes da Silva foi reconduzido ao cargo, ao ser eleito com 97% dos votos (3.085 votos válidos). O presidente assume em abril de 2024, para cinco anos de mandato a frente da entidade que conta aproximadamente com cinco mil sindicalizados.
“Acho que estou no caminho certo, seguindo os passos do meu pai”, diz Leandro ao se referir sobre se pai, Francisco Mendes – popularmente conhecido como Chicão, falecido no ano passado, membro da diretoria e presidente da entidade desde meados dos anos 80. “Meu pai não media esforços para lutar pela categoria, conseguiu o PLR (Participação nos Lucros e Resultados), convênios médico e odontológico, e muitas outras conquistas”, conta o atual presidente.
Mesmo durante a pandemia da covid-19, momento em que houve a necessidade de reduzir a PLR e os salários, Leandro conta que foi possível – graças a um ajuste de contas, negociar avanços para a categoria como o reajuste do INPC e aumento de 10% do Vale Alimentação. Também entregou a reforma da Colônia de Férias e o clube – chamado de Círculo Social, que estava há oito anos parado. Além de ter sido um dos primeiros sindicatos a disponibilizar doses da vacinas contra a covid-19.
Uma das primeiras ações a frente da nova gestão foi a troca de 14, dos 35, integrantes da diretoria. “Quero sangue novo, e essas pessoas não estavam prontas para me acompanhar no que eu quero fazer nos próximos cinco anos”, explica Mendes.
Entre as pautas que estão no radar, para os próximos cinco anos, o presidente destaca o estreitamento com o empresariado: “temos que manter uma relação cordial com os empresários, para possíveis negociações futuras”, aponta. “Afinal, greve é ruim para todo mundo: sindicato, empresa e motoristas”, conclui.
Além do reajuste salarial, Leandro também pontua a criação de um piso único para a categoria, assim como a PLR. “Não digo que conseguirei no primeiro ano, mas buscarei esse objetivo”, enfatiza. Além da redução da jornada de refeição para uma hora – desde que seja remunerada, e a ampliação do convênio médico, com a inclusão de dependentes.