Desde 2021, Diadema ministra aulas com professores especializados na temática da cultura e história afro-brasileira e indígena pelo programa Dandara e Piatã. Todas as escolas de educação infantil e ensino fundamental da rede municipal utilizam material pedagógico de apoio, além de jogos de tabuleiro africanos e indígenas, como a mancala, awelé e o jogo da onça, que auxiliam não só no ensino da matemática, como na concepção de uma ação colaborativa entre os participantes.
Em entrevista ao RDtv, a secretária de Educação de Diadema, Ana Lúcia Sanches, destaca que os profissionais selecionados para as aulas passaram por um extenso processo seletivo para poder ensinar a cultura e história afro-brasileira e indígena. “As atividades são iguais para todas as escolas, isso porque os profissionais escolhidos passam por formações toda sexta-feira para organizar o conteúdo. Realizamos um trabalho sério e organizado para que as crianças tenham as melhores oportunidades educativas e fiquem menos sujeitos a formas inadequadas de abortar o tema”, diz.
Ana Lúcia acrescenta que as aulas também incentivam os alunos negros a reconhecerem sua etnia e abraçá-la sem medo do preconceito. “Percebemos como as aulas estavam impactando nossos alunos negros ao notarmos que quase 40% dos meninos e meninas mudaram suas autodeclarações depois do Dandara e Piatã, reconheceram a sua ancestralidade”, conta.
A secretaria ressalta ainda que o racismo não é o único preconceito a ser combatido no meio escolar, isto porque uma série de ações contra o bullying foram realizadas na cidade. “Boa parte da violência nas escolas começam com o bullying e destaca a importância da criação de medidas para assegurar que os alunos sejam aceitos do jeito que são, evitando grandes tragédias no futuro”, diz. Veja a entrevista completa.