ABC - quinta-feira , 16 de maio de 2024

Quase 200 mil alunos voltam às aulas no ABC e vacinação não é exigida

Alunos das escolas de Santo André. (Foto: Eduardo Merlino/PMSA)

As redes municipais de ensino da região começam a retomar as aulas à partir da próxima semana, porém as prefeituras informam que apenas recomendam a vacinação tanto de alunos quanto de professores, inclusive contra a covid-19. Há apenas orientação para atualização de cadernetas, no caso dos alunos de Diadema, o Conselho Tutelar pode ser acionado.

De acordo com informações de seis das sete prefeituras da região – Rio Grande da Serra não informou – mais de 225 mil pessoas, entre professores, auxiliares e alunos estarão reunidos nas salas de aula. São 196.572 alunos e 29.141 profissionais da educação diretos e indiretos. O número de educadores é ainda maior já que Ribeirão Pires informou apenas o número de alunos matriculados.

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Para a médica infectologista Elaine Matsuda, apesar do arrefecimento da pandemia, sempre há risco. “Todo mundo deveria ter pelo menos duas dose, para diminuir o risco da covid-19 mais grave, porque é nítido impacto que a vacinação teve na parada da escalada das mortes, para quem esqueceu que a gente chegou a ter cinco mil mortes por dia”, diz a médica lembrando meados de abril de 2021, período mais grave da pandemia, quando o Estado de São Paulo ultrapassou essa marca de fatalidades. “Por isso é importante ter, pelo menos duas doses, com reforços, quanto maior o risco de ter complicações, como por exemplo os mais idosos e os mais bebês”, analisa.

As administrações municipais garantem que exigem carteira de vacinação atualizada para a matrícula, mas se não estiver, o aluno pode frequentar as aulas. A prefeitura de Ribeirão Pires diz que pede a carteira de vacinação na matricula e diz que todos os profissionais da área são orientados a seguirem os protocolos de vacinação.

Em Diadema a prefeitura passou a usar uma unidade móvel para vacinar o pessoal que trabalha nas escolas, esta semana durante evento que reuniu os servidores da educação a van foi estacionada em frente ao teatro municipal para a atualização das vacinas. Só na cidade são 3.310 trabalhadores em escolas. “A apresentação da caderneta de vacinação atualizada é solicitada no momento da matrícula. Caso haja algum imunizante em atraso ou no prazo para aplicação, o responsável é orientado a procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para regularizar o esquema vacinal da criança. De acordo com parecer do Conselho Municipal de Educação, a falta dos comprovantes de vacinação não impede a matrícula ou frequência das aulas, mas os responsáveis pelo estudante devem ser notificados que têm 60 dias para regularizar a situação. Expirando o prazo e persistindo a falta de imunização, o Conselho Tutelar deve ser informado”, diz a prefeitura, em nota. “Não há obrigatoriedade, porém a prefeitura incentiva a vacinação dos servidores públicos, além de reforçar a importância de manter o esquema vacinal completo”, diz o comunicado. As aulas em Diadema começam no dia 08/02.

Em São Bernardo são cerca de 80 mil alunos e 14 mil profissionais de educação que retornam às aulas na segunda-feira (05/02). A cidade diz que apenas solicita a carteira de vacinação, mas o acesso às escolas não é impedido se o documento não estiver atualizado. “É solicitado a carteira de vacinação no ato da matrícula, bem como a orientação e trabalhos de conscientização para as atualizações das vacinas. A Secretaria de Saúde, por meio de seus órgãos competentes, realiza periodicamente, por meio do Programa Saúde na Escola, ações para atualização e regularização das carteiras de vacinação de crianças e estudantes. Ao longo do ano letivo os profissionais da Educação são estimulados a participarem de campanhas de imunização, tais como Influenza, covid-19 dentre outras”, informa o paço de São Bernardo.

A rede municipal de Educação de Mauá retorna às aulas na terça (06/02). As matrículas ainda estão em andamento, mas até o momento foram realizadas 16 mil matrículas para de creche, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA). A carteira de vacinação é apenas solicitada no ato da matrícula. Quanto aos cerca de 3 mil servidores também não há exigência de vacinação. “A Secretaria de Saúde coordena um grupo de profissionais para discutir questões relacionadas às vacinas, o Comitê AVAQ (Atividades de Vacinação de Alta Qualidade), que monitora dados, protocolos e atividades, sempre atento a garantir a saúde da população”, diz a prefeitura de Mauá, em nota.

Também na terça-feira (06/02) voltam às aulas os 42.162 alunos da rede municipal de Santo André que vão se encontrar com os 4.759 profissionais da educação. “No ato da rematrícula e matrícula, as unidades escolares municipais solicitam a carteira de vacinação atualizada e comprovante de atualização da carteira de vacinação da criança referente as vacinas do calendário vacinal, emitido pela UBS. Não há obrigatoriedade de vacinação para os servidores da educação e nenhuma punição aos que não se vacinaram”, respondeu a prefeitura.

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