A escola, seja ela pública ou privada, tem objetivo de apresentar matérias didáticas com conhecimentos que nos direcionam para futuras carreiras, mas também oferece espaço de convívio entre pessoas que por vezes é prejudicado pela violência, seja ela física ou psicológica. Ao RDtv, a professora do Mestrado-Doutorado em Psicologia da Saúde da Universidade Metodista, Rosa Frugoli, comenta sobre o assunto que foi tema de palestra recente realizado na universidade.
No dia 12 de março, Rosa e outros membros da graduação de Psicologia da Metodista participaram de palestra, cujo objetivo era trazer à tona como a violência acomete alunos e professores. O evento contou com a participação de 50 alunos dos cursos da área, representantes da Secretaria de Educação de Diadema e convidados que compareceram no evento. “Queríamos com esse evento mostrar que este problema, apesar de por vezes ser causado por uma minoria, é de responsabilidade de todos”, comenta Rosa.
Segundo o estudo apresentado na palestra, a violência acontece de diversas formas, portanto, é multifatorial. O fenômeno ocorre entre os próprios alunos, de pessoas que não são do dia a dia escolar e que invadem as escolas para provocarem violência, e de membros das próprias intuições, envolvendo professores e funcionários.
Deste modo, Rosa explica que a violência acontece em ambos os lados, porém com práticas em comum envolvendo a violência psicológica. “No caso dos professores, analisamos que boa parte dos casos envolve a desvalorização do profissional, o desrespeito. Já pelos alunos, cresce muito a questão do bullying, que por vezes envolve a violência física, mas que por sua maioria é psicológica”, comenta Rosa. Ela diz ainda que casos que ocorrem nas escolas podem evoluir para outras esferas, como a digital, em que o cyberbullying expõe a pessoa além do espaço escolar e desencadeia consequências mais sérias para quem é atingido, envolvendo desconforto, conflitos e transtornos a médio e longo prazo.
Como exemplo, a Metodista promove, em suas metodologias de ensino (do básico até a graduação), uma análise individual para o aluno que alega sofrer dificuldades de aprendizado ou até mesmo algum tipo de abuso. “Temos alguns alunos, por exemplo, que possuem deficiências cognitivas. Nestes casos, realizamos com os pais ou responsáveis do aluno uma grade adaptativa, unindo a instituição, o aluno e a família”, explica Rosa. Além disso, eventos e palestras como a que ocorreu recentemente são atividades propostas pela universidade.
“Não podemos simplesmente apontar que está errado, se é o aluno, o professor ou a instituição. Um problema coletivo deve ser resolvido coletivamente, destacando os principais pontos a serem melhorados entre as partes para que assim possamos prevenir e combater esse tipo de fenômeno”, comenta Rosa.